O Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) cassou, na noite desta terça-feira (20), o mandato do senador Beto Faro (PT-PA), acusado de envolvimento em um esquema de compra de votos durante as eleições de 2022. Por 5 votos a 2, os juízes seguiram o relator do processo e decidiram pela cassação do parlamentar.
A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que apontou a existência de um esquema envolvendo a promessa de bônus em tíquetes de alimentação para funcionários de uma empresa prestadora de serviços ao governo do Estado. A proposta teria como objetivo influenciar o voto em favor do então candidato petista ao Senado.
Além de Beto Faro, também são alvos da ação sua primeira suplente, Josenir Gonçalves Nascimento, e a segunda suplente, Leny May da Silva Campêlo. Os empresários Otávio Pacheco e Luiz Fernando Lisboa, da empresa Kapa Capital, também foram denunciados.
O MPE acusa os envolvidos de captação ilícita de sufrágio, abuso de poder econômico e assédio eleitoral. As acusações são sustentadas por gravações, depoimentos e documentos periciados pela Polícia Federal, que reforçam a tese de que houve oferecimento de vantagens financeiras em troca de votos.