O debate nacional em torno da possibilidade de anistia dos condenados do 8 de janeiro de 2023 refletiu na sessão desta quarta-feira, 12, da Assembleia Legislativa do Acre. O deputado Arlenilson Cunha (PL), usou o seu tempo na tribuna no grande expediente para mobilizar a população para que no próximo dia 16 de março os acreanos possam ir às ruas pedir por anistia.
No Acre, a mobilização do próximo dia 16 ocorrerá em Buffet Afa Jardim, diferente do restante do país, que devem ganhar as ruas.
Cunha afirmou que as condenações de “senhoras com bíblia” e de “pessoas usaram batom para manchar estatuas” chegam a 17 anos de prisão, o que segundo ele é desproporcional com os supostos crimes praticados.
A fala do deputado do PL causou uma reação imediata do deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), que em aparte, afirmou que existe uma orientação do PL para que esse assunto seja tratado em todo o Brasil. “ Os membros do PL pediram a anistia. Não é anistia pra velhinha. Querem anistia para o chefe da quadrilha que queria fechar o Congresso Nacional e ter uma intervenção militar no Brasil. É anistia pra Bolsonaro. Cadeia para os golpistas”, rebateu.
Contrariado por Magalhães, Arlenilson rebateu. “Se nós vamos falar de quadrilha. Nós temos aí três anistias. Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente Dilma Rousseff e Lula. Se for pra falar de como nós estamos falando. Um golpe que nunca existiu. Bolsonaro nomeou todos os chefes da força. Agora o que existe é uma narrativa golpista. Uma narrativa golpista e aí nós estamos tratando aqui justamente da anistia, a anistia daquelas pessoas, quer dizer que aquelas pessoas que pegaram 17 anos, as penas estão aplicadas de forma adequada? E que nós estamos tratando justamente desse revanchismo, essa instrumentalização do poder judiciário, principalmente da Suprema Corte Brasileira”, pontuou o deputado do PL.
