O Rio Acre registra neste sábado, 27, em Rio Branco, um nível de 1,52 metro. A medição, feita pela Coordenadoria de Defesa Civil Municipal, revela que desde a última segunda-feira (22) o manancial vem mantendo a queda.
A grave situação hídrica por que passa o estado levou sete municípios do Acre a declararem estado de emergência devido à seca severa, até o momento. Entre os muitos impactos causados pela situação à população, estão a dificuldade de navegação em rios e dificuldade de acesso à água potável.
Em 28 de junho, a capital Rio Branco decretou estado de emergência em função do baixo nível do Rio Acre e da escassez de chuvas. A situação tem comprometido o abastecimento de água potável na cidade, fazendo com que a prefeitura ponha em ação medidas de contingência.
Em 11 de julho, a cidade de Jordão, localizada a 839 km de Rio Branco, também decretou emergência devido à baixa dos rios Jordão e Tarauacá. O nível crítico do igarapé São João, que abastece a maior parte da cidade, está dificultando o fornecimento de água.
Na semana anterior, as cidades de Feijó, Epitaciolândia e Bujari tomaram medidas semelhantes, decretando estado de emergência por causa da seca nos igarapés e rios, incluindo os rios Acre, Purus, Juruá, Tarauacá, Envira e Iaco.
Em Feijó, além da crise hídrica, o decreto alerta para o isolamento de ribeirinhos e indígenas devido à falta de navegabilidade dos rios, prejudicando o abastecimento de alimentos e outros recursos.
Em Bujari, o prefeito João Edvaldo Teles destacou que muitas comunidades já começaram a receber água potável porque os poços artesianos e igarapés secaram.
Em Epitaciolândia, o prefeito Sérgio Lopes argumentou no decreto que a falta de água atinge 18 mil moradores nas residências e órgãos públicos.
Nesta quarta-feira, 24, o Diário Oficial do Acre publicou novos decretos de estado de emergência para Cruzeiro do Sul (180 dias) e Porto Walter (190 dias).
Em Porto Walter, a seca prolongada afeta a navegação no Rio Juruá e seus afluentes, prejudicando quase 11 mil pessoas, incluindo comunidades indígenas e ribeirinhas que sofrem com a escassez de água potável e alimentos. A situação também causou incêndios na área verde do aeródromo da cidade, comprometendo voos e possivelmente obstruindo a rota aérea devido às nuvens de fumaça.
Em Cruzeiro do Sul, a estiagem prolongada, altas temperaturas, ondas de calor, baixa umidade e ventos intensos têm provocado incêndios florestais. O aumento de queimadas elevou a concentração de monóxido de carbono e partículas no ar, representando riscos à saúde da população.
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