Seringal Carmem, Vila Brasília, Brasília…Brasiléia. Brasiléia está encravada bem no meio do coração do Seringal Carmem. Não conheço a história da “Carmem”, mas deve ter sido um homem apaixonado ou um filho agradecido que colocou o nome de sua esposa ou mãe na porção da exuberante Floresta, à margem direita do rio Aquiry (Acre) quando o leite da seringueira valia a peso de ouro. Carmem deve ter sido uma mulher extraordinária.
Acredita-se (a menos que haja um erro) que o presidente Juscelino Kubitschek adotou o nome da nossa cidade para homenagear a capital do país, Brasília (DF). Como poderíamos não perdoar Juscelino, o líder que sonhou com uma nação generosa onde todos os seus cidadãos prosperassem? Onde quer que esteja, você está perdoado, presidente! Afinal, Carmem, Brasília e Brasiléia são sinônimos de amor fecundo. Como disse o poeta: “É um belo nome de filha, um doce nome de amada”.
Sem o seu conhecimento, escolhi o nome da ex-prefeita Leila para homenagear e prestar reverência a todos os filhos e filhas de Carmem, Brasília e Brasiléia, em celebração aos 114 anos de fundação da cidade. Leila é a personificação perfeita do que Brasiléia representa: coragem, determinação, honestidade, lealdade, fidelidade e um amor profundo por aqueles a quem estima. Ela é uma filha, esposa e mãe amorosa.
Uma vez me perguntaram: por que amo minha cidade? A resposta é simples: ela me viu nascer e crescer. Sou grato a ela por ter me moldado no homem que sou hoje, um homem da fronteira. Todos nós que nascemos na fronteira compreendemos profundamente o valor inestimável da pátria, da solidariedade e da fraternidade. Minha cidade é ainda mais especial para mim porque é lá que estão sepultados os mortos queridos que minha mãe pranteava e meu pai honrava. Agora, sou eu quem derrama lágrimas e reverencia suas memórias.
Parabéns, Carmem, Brasília, Brasiléia pelos 114 anos!