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Como o discurso antivacina torna vulnerável a infância acreana

Quem alimentou o discurso antivacina no período da pandemia construiu um cenário criminoso: tornou vulneráveis milhares de acreanos com menos de um ano de idade. A retórica negacionista contra a covid contaminou a vacinação também para a primeira infância. Hoje, o trabalho em parceria do Governo Federal com o Estado do Acre e as prefeituras tenta reconstruir a normalidade. Com 50 anos de história, o Programa Nacional de Imunização coordena ações para chegar em todo lugar onde tenha um acreano. Onde quer que ele esteja.
por Itaan Arruda
A cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano de idade, no período de 2018 a 2023, no Acre, não deixa dúvidas: houve piora significativa. O que alimenta alguma esperança é a retomada a partir de 2022, mas tudo ainda bem longe daquele desempenho rotineiro com mais de 95% de outros tempos. Os fatores que permitiram o fortalecimento desse cenário estão muito bem datados; muito bem delimitados: o discurso anti-vacina reforçado, sobretudo durante a pandemia de covid-19, deixou um rastro de vulnerabilidade na primeira infância acreana difícil de ser superado.
Em 2018, a cobertura da vacina pentavalente foi de apenas 70,66%. Esse número irá piorar muito mais em 2021 (ver gráfico 1). Neste mesmo ano, a vacina contra a paralisia infantil (poliomielite inativada) teve apenas 78,34% de cobertura vacinal no Acre. São situações, números, dados, cenários inéditos no Acre. Nunca foi assim. A tríplice viral (que combate contra sarampo, caxumba e rubéola), em 2021, vacinou apenas 60,20% das crianças acreanas menores de um ano de idade.
(Desempenho da cobertura vacinal no Acre de 2018 a 2023, segundo o PNI)
De 2018 para 2021, a redução da cobertura vacinal alcança níveis dramáticos. A vacina pentavalente (que protege a criança contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B) registrou apenas 62,35% dos acreaninhos com menos de 1 ano de vida. A vulnerabilidade contra a paralisia infantil aumentou: apenas 61,78% das crianças com menos de 1 ano foram vacinadas no Acre. É um crime contra a saúde pública. O desempenho da cobertura vacinal em 2021 foi o pior dos últimos seis anos.
Operação Gota 2023 realiza vacinação no Acre. Foto: Luan Martins/Sesacre
Em 2021, o mundo vivia uma pandemia de covid-19. E existe uma relação direta entre a baixa cobertura vacinal para a primeira infância e o último período pandêmico. O que liga um cenário ao outro é o discurso político-ideológico. É ele que contamina a decisão de milhares de pais acreanos a não levar o filho para se vacinar, um gesto tão comum, conquistado pela sociedade brasileira por meio do trabalho do Programa Nacional de Imunização, o PNI.
O PNI comemorou 50 anos em 2023 com o desafio de transformar esse cenário negacionista. É esse o maior problema a ser superado. Para os agentes promotores da Saúde do PNI, as questões a serem resolvidas não estão relacionadas estritamente às fórmulas das vacinas e seus hidratos ou glucídios. A formação desses agentes deve priorizar também, a partir da pandemia, estudos de retórica e comunicação de massa em ambientes virtuais. A luta é mais na arena política do que na área da bioquímica.
PNI e Ministério da Defesa executam a Operação Gota: vacinação como expressão do SUS a todo brasileiro aonde quer que esteja. Foto: Arquivo PNI
Houve um tempo em que se chegou a vacinar praticamente todas (frise-se: praticamente todas) as crianças com menos de 5 anos de idade em um único dia. A capilaridade que o PNI construiu ao longo dessas cinco décadas colocou o Brasil em destaque no mundo na cobertura vacinal ofertada gratuitamente a todos os cidadãos por meio do Sistema Único de Saúde. Sim, porque o PNI é SUS. Mas toda essa conquista civilizacional foi contaminada pela má condução política.

Entrevista

Renata Rossato Quiles (Coordenadora do PNI/AC)

Renata Rossato Quiles é a coordenadora do Programa Nacional de Imunização no Acre. Teve um papel fundamental na articulação dos entes administrativos públicos durante a pandemia de covid-19. Sentiu na rotina os efeitos da desinformação e o estrago que o discurso político-ideológico construiu para quem lida com Saúde e com Ciência.

Para a desinformação, não existem barreiras...


O trabalho de parceria com o Estado, com as prefeituras e a inserção do PNI no programa Gotas (Ministério da Defesa) levou vacina aos cantos mais isolados do Acre. Mesmo nesses lugares, a retórica anti-vacina chegava antes. Mas as equipes do PNI, do Estado e dos municípios teimam em acreditar que esse cenário pode mudar. Trabalham para isso. Seja onde for.
Renata Quiles coordena ações de vacinação em todo Acre. Cidadania, Ciência e compromisso com a promoção da Saúde em comunidade ribeirinhas, extrativistas, urbanas e rurais) Foto: Luan Martins/Sesacre

De que forma o discurso anti-vacina prejudicou/prejudica o teu trabalho e da tua equipe?

Nós temos uma geografia no nosso estado bem complexa. Conseguir chegar a todos os lugares com a vacina a vacinar nossa população em áreas urbanas, áreas urbanas de risco, áreas rurais, ribeirinhos, ribeirinhos de difícil acesso e locais isolados exige elaborar uma logística bem complicada. E você chegar em locais em que se tem grande dificuldade de acesso à informação e lá encontrar ou por cultura, ou por ideologia religiosa ou pela desinformação, encontrar uma resistência à vacinação não só nos entristece, apesar de não desistirmos nunca porque nós orientamos com embasamento científico a nossa população, mas essa resistência coloca em xeque todo o investimento que foi feito naquela ação.
Trabalho do PNI em parceria com o Governo do Estado e prefeituras chega às comunidades mais isoladas do Acre: direito à Saúde para todos. Foto: Odair Leal/Secom

E não era assim, né?

Não cai por terra porque existe uma equipe de vacinadores em todo Estado, não só a minha [do PNI], mas as municipais também. São equipes guerreiras. O sentimento que nos causa quando encontramos uma comunidade com tão pouco acesso à informação e as informações que chegam são, na verdade, desinformações, criminosas e maldosas, que são entregues a eles e isso gera resistência à vacina… isso nos entristece muito. Vê o quanto a gente se esforça para levar prevenção à nossa população, com informações corretas, responsáveis, comprometidas com a saúde… sendo contraposta à desinformação. E temos percebido que para a desinformação não existem barreiras. A gente encontra barreira para entregar uma vacina em uma comunidade, por exemplo, Braço Esquerdo, lá de Marechal Thaumaturgo, de muito difícil acesso.
Planejamento, organização e parceria com Estado e municípios: número de doses específicas para cada comunidade. Foto: Arquivo PNI

Manter essa vacina em condições de uso até que se chegue a um lugar tão distante…

Pois é. Manter a temperatura da vacina, mantê-la na temperatura ideal… não é fácil. No entanto, todo esse esforço é comprometido porque a desinformação chegou lá na nossa frente. Desconstruir isso gera um esforço muito grande da equipe. Um esforço de um entendimento de uma população leiga. Algumas vezes, conseguimos, sim, mudar opiniões com embasamento científico. Mas isso tem causado um desgaste financeiro e físico, de força de trabalho da nossa equipe muito grande.
Equipe do PNI realiza vacinação em área isolada do município de Marechal Thaumaturgo. Foto: Arquivo PNI

Você disse que “desconstruir o discurso anti-vacina exige um esforço muito grande”. Que estratégias vocês têm usado, tendo como referência a nossa geografia do Acre, as dificuldades de integração e comunicação…?


Para você jogar uma mentira, basta as redes sociais, páginas na internet de origem duvidosa reforçando desinformação. Agora, quando você tem que convencer a população de que aquilo que está ali é uma mentira… isso exige um tempo maior. E temos que ter muita cautela. Quando você chega em uma comunidade impondo o discurso de que a vacina é confiável, a população põe o pé mais atrás ainda. Querer discutir artigo científico, estudos científicos com a população… se isso já é difícil mesmo para os profissionais da Saúde, como é que vamos querer impor e discutir artigos científicos com a população? Temos que ter cautela quanto a isso. temos que tratar de uma forma clara, precisa. é um trabalho de formiguinha. A gente tem trabalhado muito o corpo a corpo, as conversas pessoais, resgatando aquele SUS lindo que está no papel e que há muitos anos foi desconstruído. São necessárias as palestras, as rodas de conversa, a prevenção, a educação em saúde. A gente tem que estruturar a base e a nossa base são os profissionais da Saúde, que também estremeceu. A gente viu que houve um grande divisor de águas em relação à vacina que foi a política. Temos que reforçar a nossa base, que são os profissionais da Saúde para que eles confiem nos produtos que eles trabalham. Porque se nem eles confiarem no produto que eles estão trabalhando eles não vão vacinar a população e transmitir segurança para a nossa população.

O profissional da Saúde tem que dar o exemplo. Tem dado?

Quando chegam pra mim e dizem “Ah… Renata, eu não vou vacinar minha filha contra a covid-19…!” Eu respondo: “Eu vacinei a minha filha. Quantas doses foram necessárias e, se forem necessárias mais doses, eu vou vacinar”


Então, é mostrar que eu não vou oferecer para a população um produto que eu não confiaria a mim e nem à minha família. Temos que fazer esse trabalho de sensibilização mesmo. E temos que continuar a descentralizar a vacinação. Hoje, no Estado, nós temos 246 salas de vacina. Menos da metade em zona urbana. Temos um grande quantitativo de salas de vacina em áreas rurais e ribeirinhas. Temos que levar a vacina cada vez mais perto da população. Temos grande parcela da população hesitante, resistente. Mas nós temos aqueles ainda que sempre mantiveram o calendário de vacinação deles mesmos e dos seus filhos em dia.
Quando chegam pra mim e dizem “Ah… Renata, eu não vou vacinar minha filha contra a covid-19…!” Eu respondo: “Eu vacinei a minha filha. Quantas doses foram necessárias e, se forem necessárias mais doses, eu vou vacinar” Foto: Luan Martins/Sesacre

Mas, de uma maneira geral, o exemplo tem sido dado? Há médicos, por exemplo, que são negacionistas. Isso fulmina o trabalho de vocês, não?

Com certeza. Há, inclusive, um estudo que mostra que se um médico orienta [a vacinação] a adesão é maior. Eles são profissionais da Saúde, formadores de opinião e não deveriam estar utilizando o desconhecimento na sua prática profissional. O embasamento científico foi a base da formação deles. E tanto sabemos como a população confia no que eles dizem e segue o que o médico determina. Se eu tenho não apenas médicos, mas enfermeiros, odontólogos, fisioterapeutas contra-indicando a vacina, consequentemente que tem acesso, mas não tem meios de compreensão de estudos científicos, com certeza, elas vão seguir a pessoa que elas mais confiam a sua vida, a sua saúde.

Você chegou a ter problemas com isso enquanto coordenadora do PNI aqui no Acre?

A fragilidade com que foi tratada a questão da vacinação neste meio acabou impactando com gravidade a nossa vacinação. Inclusive, mesmo colegas enfermeiros, médicos ou outros profissionais de Saúde, sabendo que eu sou coordenadora de Imunizações do Estado, vieram debater comigo porque da “não vacina” e porque não indicavam a vacinação para os seus pacientes. E isso é lamentável. Temos que levantar a poeira a chacoalhar o estrago para resgatar um programa tão bonito e que salva tantas vidas.

O Governo do Estado soube reconhecer o trabalho do PNI no período da pandemia? De que forma?

Nunca se investiu tanto em imunização e reconhecimento no programa de imunização quanto no período de pandemia. Eu reconheço, sim, o que o Governo do Estado fez. Eu posso dizer que eu, à frente do programa de imunizações, fui privilegiada. A gente não gostaria de estar vivendo um momento de pandemia, mas eu fui privilegiada por ter todas as necessidades do PNI atendidas a contento. Tudo foi colocado à nossa disposição: equipe qualificada para que pudéssemos disseminar informação transparente e clara. A estruturação das nossas redes: nós tínhamos equipamentos para armazenagem de vacinas que não eram mais recomendados pela Anvisa e nós tivemos uma modernização da nossa rede, da nossa cadeia de frios [locais de armazenagem]. Pudemos ofertar ajuda aos municípios. Instituições privadas que me perguntavam qual ajuda eu estava precisando… Eu até me emociono em dizer que nesses 50 anos, enquanto logística, área técnica, foi valorizado por conta da pandemia. Tudo foi colocado à nossa disposição. E nós fizemos uso de forma consciente. Não é porque estava sobrando ajuda que a gente iria desperdiçar. De forma consciente, racional, nós fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para que cada acreano tivesse acesso à vacina contra a covid-19, conforme indicação do Ministério da Saúde.

Você fala sobre o trabalho de descentralização das ações de Saúde. Sem o trabalho das prefeituras, o PNI teria como chegar onde chegou?

Jamais. No programa de Imunização, existe uma divisão de atribuições. Claro que as secretarias municipais de Saúde têm atribuições diferentes das do Estado, a frente do programa de Imunização, mas, principalmente no contexto da pandemia e até mesmo antes da pandemia, o trabalho em conjunto tem acontecido. Aqui no Acre, desde 2019, o Estado tem se envolvido ativamente nas ações de vacinação. Porque nós temos uma equipe qualificada, capacitada e que tem como dever manter os profissionais dos municípios qualificados, capacitados e atualizados nas ações de vacinação. A gente tem que fazer junto. Não é determinar. Não é delegar. São instâncias diferentes. Quanto mais gente vacinando, mais gente vacinada nós vamos ter. E eu não estou aqui para olhar quem é do Estado ou quem é do município. Foi em 2019, que, junto com o Ministério Público, a gente começou a implantar a Declaração de Vacinação em Dia [declaração como parte do documento necessário para a matrícula escolar] e para isso fizemos um grande movimento de revisão das cadernetas de vacina. Nós também passamos a participar da Missão Gota [parceria com o Ministério da Defesa, Estado e municípios]. No microplenejamento, elaborado por uma portaria do Ministério da Saúde que prevê que é o município quem determina como as coisas vão acontecer.


Antivaxxers fazem parte da crônica médica há mais de 200 anos

Os defensores da retórica antivacina fazem parte da crônica médica há mais de 200 anos. Desde o século XVIII, já existem relatos de movimentos contrários à intervenção química para barrar doenças. O combate à varíola foi o primeiro destaque. E alguns líderes religiosos protagonizaram as primeiras cenas condenando as inovações trazidas pela Ciência e seus teimosos militantes. A varíola era entendida como uma espécie de “castigo divino”. E, portanto, deveria ser aceito. A reação à doença, por meio de uma criação humana (como era a vacina) não era bem quista.
No Brasil, esse movimento teve cores bem regionais. A Revolta da Vacina, cujo ápice ocorreu entre 10 e 16 de novembro de 1904, é sempre lembrada como um marco dessa negação à Ciência.
O médico sanitarista Oswaldo Cruz foi peça fundamental para formulação da lei 1.261, de 31 de outubro de 1904. Essa lei foi o estopim para o movimento anti-vacina. Ela dava amplos poderes aos agentes de Saúde que poderiam aplicar multas, invadir residências a quem se recusasse a receber o imunizante contra a varíola que se alastrava pela cidade do Rio de Janeiro, capital federal.
E não foi brincadeira. Houve 30 mortes, 945 prisões e 110 feridos durante a revolta, iniciada no dia 10 de novembro.
Há um aspecto intrigante que relaciona o Brasil do início do século passado com o Brasil da pandemia de covid-19. A vacina contra a varíola é feita a partir do vírus causador da varíola bovina. E isso foi muito usado pela Liga Contra a Vacina, liderada pelo senador Lauro Sodré. Massificaram a ideia de que a inoculação do imunizante transformaria a pessoa em boi. Há várias charges dos jornais da época que retratam essa desinformação.
Como a vacina contra a varíola é feita a partir de um vírus causador da varíola bovina, muita gente acreditava que, uma vez vacinada, a pessoa se transformaria em boi

Cobertura por regional (em %)

Alto Acre

BCG
0 %
HEPATITE B
0 %
POLIO (VIP)
0 %
TRÍPLICE VIRAL
0 %

Baixo Acre

BCG
0 %
HEPATITE B
0 %
POLIO (VIP)
0 %
TRÍPLICE VIRAL
0 %

Juruá

BCG
0 %
HEPATITE B
0 %
POLIO (VIP)
0 %
TRÍPLICE VIRAL
0 %

Declarações do então presidente Bolsonaro mantêm vivo discurso anti-vacina

Durante a pandemia de covid-19, o então presidente Jair Bolsonaro foi o maior propagador do discurso anti-vacina. Um breve histórico de algumas falas importantes que ecoam até hoje, mesmo nos lugares mais remotos do Acre. Ao ler as frases, é preciso ter em mente que são falas ditas por um presidente da República.
As frases de maior impacto e a repercussão delas ditas em 2020 são fatores que podem explicar o desempenho da cobertura vacinal no país no ano de 2021.

(15 de dezembro de 2020) “… Se alguém acha que a minha vida está em risco, o problema é meu. Não vou tomar vacina e ponto final!”


(17 de dezembro de 2020) “Alguns falam que eu estou dando um péssimo exemplo. Ou é imbecil ou é idiota que está dizendo que eu dou péssimo exemplo. Eu já tive o vírus. eu já tenho anti-corpos. Pra que tomar vacina de novo? Se virar jacaré, é problema seu” E na Pfizer tem lá: nós [Pfizer] não nos responsabilizamos. Se eu virar um jacaré, se você virar um super homem, se nascer barba em alguma mulher, ou algum homem começar a falar fino… e o que é pior: mexer no sistema imunológico das pessoas”.


(19 de dezembro de 2020) “A pressa pela vacina não se justifica porque você mexe com a vida das pessoas. Você vai inocular algo em você”


(22 de janeiro de 2021) “Eu não posso obrigar ninguém a tomar vacina, como um governador falou um tempo atrás que iria obrigar. Eu não sou inconsequente a esse ponto. Ela tem que ser voluntária. Afinal, não está nada comprovado cientificamente com essa vacina aí.”


(21 de outubro de 2021) “Só vou dar a notícia. Não vou comentar. Já falei sobre isso no passado, apanhei muito. Vamos lá: ‘Relatórios oficiais do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados estão desenvolvendo síndrome da imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto…”


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Itaan Arruda

Jornalista, apresentador do programa de rádio na web Jirau, do programa Gazeta em Manchete, na TV Gazeta, e redator do site ac24horas.


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