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Designer acreano é finalista do Prêmio Empreendedor Social, da Folha de São Paulo

João Piedrafita, Rodrigo Belli e Daniel Ilg (os três fundadores da Água Camelo) durante a Conferência Mundial de Água da ONU 2023 em NY.
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Foram anunciadas nesta semana, as nove iniciativas finalistas do Prêmio Empreendedor Social 2023, realizado desde 2005 pela Folha e pela Fundação Schwab, uma das comunidades do Fórum Econômico Mundial. Esta é a 19ª edição da premiação, que neste ano tem três categorias: Inovação para o Século 21, Inclusão Social e Produtiva e Soluções que Inspiram.


Nesta edição, em um universo de 348 inscritos, o prêmio selecionou soluções inovadoras em educação, habitação, acesso à água e inclusão de mulheres, quilombolas e refugiados. É na categoria Inovação para o Século 21 que concorre o projeto da startup Água Camelo, criada pelo acreano João Piedrafita e pelos cariocas Daniel Ilg e Rodrigo Belli.

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Além deles, a categoria Inovação para o Século 21 tem como finalista Bruno Sindona, CEO da construtora e incorporadora Sindona, que muda o padrão das moradias para baixa renda, e Robson Melo, fundador da Estante Mágica, edtech que disponibiliza uma plataforma gratuita para crianças e adolescentes aprenderem escrevendo e publicando seus próprios livros.


A Água Camelo é uma startup de impacto socioambiental focada no mercado ESG. Ela vende um serviço (B2B) para organizações que desejam promover o acesso à uma fonte segura de água tratada para pessoas em situação de vulnerabilidade social, entre os centros urbanos, o semiárido e a Floresta Amazônica.


Povo Yawanawá bebendo água do Kit Camelo durante o Festival Yawanawá.

“Desde o início de nossa atuação, em agosto de 2020, no começo da pandemia, garantimos o acesso à água de qualidade para mais de 21.000 pessoas, em mais de 135 comunidades, em 14 estados do país”, afirmou João Piedrafita ao ac24horas.


Dentro da equipe da Água Camelo, João, que tem 26 anos e é de Rio Branco, é o responsável por criar e estabelecer conexões vitais entre a startup, líderes comunitários, associações e sobretudo com as tão diversas comunidades de algumas das regiões mais vulneráveis socialmente do país.


“Nasci no Acre, e tive o privilégio de por conta do trabalho dos meus pais (meu pai, antropólogo, e minha mãe, trabalha com as populações amazônidas e cadeias produtivas, principalmente com a borracha natural) de ter minha criação marcada entre a cidade e as diferentes comunidades indígenas que habitam a região acreana. Fora isso, já são quase 10 anos trabalhando em projetos com os povos indígenas, seguindo o caminho dos meus pais, onde não só por conta deles, hoje tenho o orgulho de dizer que tenho abertura para realizar parcerias com grande parte das etnias da Amazônia”, narrou o acreano.


João explicou que a criação de uma extensa rede de conexões tem sido fundamental para o sucesso da missão de levar água potável para mais de 35 milhões de brasileiros. Hoje, o projeto atua em mais de 135 comunidades em 14 estados do país.


“Por meio de relacionamentos construídos com as maiores organizações de atuação comunitária do país, estabelecemos parcerias sólidas com líderes comunitários, organizações locais e ganhamos a confiança para atuarmos em parceria na luta pelo direito básico ao acesso à água de qualidade para essas comunidades em situação de vulnerabilidade social”, esclareceu.


Criança do Povo Yawanawá bebendo água do Kit Camelo. Foto tirada durante a implementação do Projeto em parceria com a Água AMA, da Ambev, onde foram atendidas 13 aldeias do Povo Yawanawá.

No entanto, o designer e empreendedor social acreano diz que o trabalho está longe de terminar. Segundo ele, enquanto sucessos obtidos até o momento são celebrados, também reconhecem a urgência de expandir o impacto para alcançar ainda mais comunidades em todo o país, diante da grande e real necessidade que muitas pessoas têm de conseguir acesso a água potável e a uma melhor qualidade de vida.


“Ao longo dos anos, testemunhei em primeira mão a escassez de água potável e os desafios enfrentados pelas comunidades que vivem em locais remotos e de difícil acesso, onde em muitas das minhas imersões na floresta vivenciei os problemas causados pelas doenças de veiculação hídrica. Essa realidade me impulsionou a dedicar meus estudos em design para desenvolver e encontrar novos sistemas, tecnologias e modelos que possibilitem relações mais justas, colaborativas e sustentáveis para nossa sociedade”, acrescentou.


Crianças da Aldeia Mutum, do Povo Yawanawá, andando no Rio Gregório com o Kit Camelo.

Um dos projetos mais importantes da Startup Água Camelo foi realizado com o povo Yawanawá. Em março deste ano, a equipe foi convidada para falar na Conferência de Água da ONU 2023 em Nova York para fazer uma apresentação sobre o trabalho. Confira no link a seguir o showcase apresentado na Conferência Mundial de Água sobre projeto realizado em parceria entre a Associação sociocultural Yawanawá, Água Camelo e Água AMA da Ambev.


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A cerimônia de premiação será realizada em 24 de outubro no Teatro Porto Seguro, em São Paulo. É quando serão anunciados os vencedores em cada categoria. Eles são escolhidos por um júri composto por atores de destaque no ecossistema de impacto social no Brasil e no mundo.


“Cada gota de água que fornecemos é uma gota de esperança, uma gota que ajuda a romper o ciclo da pobreza e a criar um futuro melhor para essas comunidades. É uma honra e uma responsabilidade trabalhar nesse campo, e estou determinado a continuar fazendo a minha parte para ajudar aqueles que mais precisam. Acredito firmemente que, com perseverança, inovação e colaboração contínua, podemos criar um mundo onde todas as comunidades tenham acesso a esse direito básico”, concluiu Piedrafita.


Premiação

Todos os finalistas concorrem ainda ao Troféu Escolha do Leitor, categoria popular que elege a iniciativa preferida do público da Folha. A votação será aberta nesta segunda-feira (18) e vai até 20 de outubro. A Escolha do Leitor é também plataforma de captação de doações para as iniciativas reconhecidas a cada ano, numa parceria da Folha com Doare, PagBank e Movimento Arredondar.

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O Empreendedor Social é porta de entrada para a Rede Folha, composta por finalistas e vencedores do prêmio, e também para a rede internacional de empreendedores socioambientais conectada com o Fórum Econômico Mundial. A Folha submeterá três nomes entre finalistas e vencedores desta edição ao conselho da Schwab, que irá escolher o brasileiro a figurar entre os Inovadores Sociais de 2024.


Além de visibilidade e chancela, finalistas e premiados acessam a pacote de benefícios que ultrapassa R$ 400 mil, entre cursos e mentorias, oferecidos pelos 28 parceiros. O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio da Gerdau, Ambev Coca-Cola, Instituto Liberta, Vedacit, CNI/Sesi/Senai e VR, e ainda conta com apoio da Porto e parceria estratégica de Ashoka, ESPM, Fundação Dom Cabral, Pacto Global, Prosas, SBSA Advogados e UOL, além de 14 parceiros institucionais e 7 de divulgação.


Para votar, basta acessar o link https://giveom.typeform.com/EdL2023?typeform-source=empreendedorsocial2023.folha.com.br


A votação está aberta no período de 18 de setembro e 20 de outubro. Pode-se votar quantas vezes quiser para escolher a sua iniciativa preferida em cada uma das três categorias: inovação para o Século XXI, Inclusão Social e Produtiva e Soluções que Inspiram.


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