A defesa do governador Gladson (PP) encabeçada pelos advogados Advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto e Telson Ferreira, declararam nesta quinta-feira, 9, que receberam com “surpresa” os desdobramentos da terceira fase da Operação Ptolomeu no Acre.
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Segundo a defesa, a operação trata de um inquérito que se arrasta há dois anos. “Trata-se de uma investigação baseada em uma pescaria probatória e uma devassa financeira ilegal, que atacou a família do governador como forma de driblar o foro adequado”, diz trecho da nota.
Os defensores alegam ainda que desde então, o chefe do executivo acreano já prestou os devidos esclarecimentos e se colocou à disposição das autoridades. Além disso, a equipe deixou claro que Cameli deverá cumprir as medidas impostas pela justiça – como a entrega do passaporte e contas com familiares. “O governador confia na Justiça e irá cumprir todas as medidas. E respeitosamente irá recorrer das cautelares, o que inclui a descabida ordem para não falar com o próprio pai e irmãos”, esclareceu.
A investigação tramita no Superior Tribunal de Justiça e constitui desdobramento das fases I e II, deflagradas no ano de 2021, quando foi identificada organização criminosa, controlada por agentes políticos e empresários ligados ao Poder Executivo estadual acreano, que atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos, através da lavagem de capitais. O STJ determinou a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões, por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo adquiridos como proveito dos crimes. Na mesma decisão, 15 empresas investigadas tiveram suas atividades econômicas suspensas por determinação do Tribunal Superior.