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Corpus Christi resiste ao ataque da esquerda

Conforme a Igreja Católica, a origem da solenidade do Corpo e sangue de Cristo (Corpus Christi) remonta ao século XIII. Segundo a CNBB “Esta solenidade litúrgica foi Instituída pelo Papa Urbano IV(1262-1264), através da bula “transiturus”, de 11 de Agosto de 1264, para ser celebrada na Quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade, que acontece  no domingo depois de Pentecostes”. É, portanto, uma data de afirmação da “imago dei” posto que o Cristo, filho de Deus, veio à terra em forma humana. 


Apesar de o mundo católico reverenciar a data, aos termos de Santo Agostinho “Tornem-se o que vocês comem! Vocês comem o Corpo de Cristo, tornem-se Corpo de Cristo!”, não é segredo que o cristianismo sofre ataque direto ou indireto em todas as partes. A organização Open Doors acompanha a perseguição aos cristãos no mundo e relata variados níveis em 50 países. Entre eles, obviamente, China, Cuba, Coréia do Norte e, não por acaso, Nicarágua e Venezuela estão em fase de observação. 


Note-se que a Open Doors trata apenas da perseguição operada ou permitida pelo Estado, ou seja, do ataque evidente. Não constam na lista, os países em que ele se dá de forma dissimulada, travestida de laicismo ou encoberta como defesa de direitos de minorias. Em muitos lugares, ser ostensivamente cristão confere ao cidadão atestado de reacionário, tolo, anticientífico etc. Quer saber, experimente se dizer cristão praticante em uma de nossas universidades.


As investidas são às vezes frontais, ostensivas, mas podem vir acobertadas com uma capa de “saber”. Há alguns meses, o panfleto lulopetista (aqui) repercutiu uma matéria em que o teólogo David Tombs assegura que Jesus Cristo foi sexualmente abusado. O tal teólogo interpreta que trocar as vestes de Jesus, e expô-lo nu perante os soldados romanos há dois mil anos, já significaria uma espécie de abuso sexual freqüente em atos de tortura até os dias de hoje. Tombs pergunta o que teria ocorrido naquele momento, deixando assim um fio solto para que qualquer desajustado apareça com versões estapafúrdias.


Em seus shows e performances, virou rotina que artistas mais ousados em defesa do esquerdismo de palco, esculachem a figura de Cristo. Quem não se lembra das imagens carnavalescas, das performances e das manifestações de rua das “paradas gays”? Estão disponíveis por aí, basta uma “googada”. Aliás, o próprio Lula saiu em defesa do amigo vereador petista que recentemente invadiu e profanou uma Igreja em Londrina.


Quem conhece a esquerda não se surpreende. É isso e muito mais o que ela planeja contra o indivíduo. Os direitos à vida, liberdade (inclusive religiosa) e propriedade são pilares que pretendem destruir desde que juntaram suas primeiras teses ressentidas. Nada disso é recente. Novidade é que em ano eleitoral permitam ao grande público um vislumbre do arsenal de más intenções guardadas em seus cafofos ideológicos. 


Por que a esquerda investe contra o cristianismo? Aconteceu em todas as oportunidades que tiveram. Creio, sem ser teólogo ou algo parecido, que trata-se de destruir a família, centro da doutrina cristã e, com ela, todos os seus valores. Em uma sociedade em que as famílias sejam coesas, firmes, morais, religiosas, não cabe a latrina que eles trazem nas mãos carregadas de sexualização precoce, aborto, coletivismo, fim da propriedade privada, tolerância com o crime, ideologia de gênero etc.


Essa gente dita revolucionária, que pretende dar um salto progressista e soterrar de vez a sociedade conservadora, se sente à vontade após décadas de infiltração e domínio na formação cultural da nação a partir, principalmente, das universidades. Deus foi afastado do conhecimento, no dizer de hoje, foi cancelado. O socialismo, ateu em sua própria natureza, pretende, como propôs um de seus mais proeminentes líderes, o filósofo Georg Lukács,  destruir a imago dei (imagem de Deus). Para ele, a crença de que fomos criados à imagem de Deus seria incompatível com o novo mundo, o novo homem, a nova ordem. 


Em “O comunista nu”, de W. CLeon Skousen, lançado em 1958, cita como uma das regras do socialismo, por exemplo, a eliminação das orações nas escolas. Em outro ponto, identifica a necessidade de infiltrar-se nas igrejas e substituir a religião revelada por uma religião social. Ou seja, a esquerda é essencialmente ateia e, assim sendo, o dia de ontem lhe é insuportável à medida que reafirma o Corpo de Cristo, logo, a Imagem de Deus que eles abominam.



Valterlucio Bessa Campelo escreve às sextas-feiras no site ac24horas e eventualmente no seu BLOG, no site do Puggina e outros.