O secretário da Casa Civil do governo do Acre, Jonathan Donadoni, tentou minimizar as críticas do senador Márcio Bittar (União Brasil) em relação ao fato de seu aliado político Nenê Junqueira ter sido exonerado do cargo de secretário de Produção e Agronegócio para dar lugar ao veterinário Edivan Maciel sem ter sido comunicado formalmente pelo governador Gladson Cameli e que também existem pessoas dentro do governo que não o querem por perto.
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Nesta sexta-feira, 22, ao conversar com o ac24horas, Donadoni explicou que a saída de Junqueira já havia sido acertado há cerca de 30 dias. “Essa situação do Nenê Junqueira já vinha sendo trabalhada desde a época do Rômulo, há 30 dias, porque o governador contava com a saída do Junqueira, que ele seria candidato a deputado federal, mas chegou aos 47 do segundo tempo, não foi candidato. O governador já tinha feito o compromisso com o espaço político. Essa última conversa que tive com o Junqueira ontem já foi realizada há 30 dias atrás, quando o Rômulo ainda era secretário na época e chamou o Junqueira. O Junqueira argumentou que tinha optado por não sair e que teria solicitado então que não houvesse essa mudança de direção porque havia um trabalho sendo desenvolvido e ele não gostaria de ver uma descontinuidade”, disse o secretário.
O secretário afirmou que consultou o governador novamente sobre o caso e a decisão foi mantida, inclusive com Junqueira sendo convidado a ocupar uma diretoria na Secretaria de Industria. “Fazendo uma nova consulta sobre esse tema, o governador afirmou que o compromisso dele era manter o compromisso com relação ao espaço político e assim foi feito. Comuniquei o Junqueira de manhã e ele foi convidado a assumir uma diretoria na Secretaria de Indústria e aceitou”, frisou.
Sobre a insatisfação do Senador Márcio Bittar, padrinho político de Junqueira, sinalizar que pode romper com o governador Gladson Cameli, Donadoni não acredita nessa hipótese. “O senador Márcio é importante para o governo, tem um espaço muito grande no governo, é o que tem mais espaço entre os parlamentares, mas só que a questão da Sepa havia já um planejamento do governador, contando também com um planejamento do Junqueira, que informou ao governador no mês de março que seria candidato a deputado federal. Então o Junqueira desistiu na última hora, mas o governador já havia feito compromisso. O governador só cumpriu o compromisso que havia feito com relação à questão da Sepa”, reforçou.
Questionado como o governo avaliava as declarações de Bittar contra Cameli, o secretário reforçou que existe uma agenda oficial do governo do Acre em que o Senador conversará com secretários na próxima segunda-feira, 25, para tratar de recursos disponibilizados. “A situação com o Márcio está tranquila, inclusive na segunda-feira tem uma agenda oficial dos secretários com o Márcio para falar dos recursos que estão destinados ao Estado, uma agenda oficial do governo com o Márcio. Não existe nenhum tipo de estremecimento. A questão é que apesar de filiado, não era desejo do Edivan ser candidato, ele não tinha esse interesse. Na verdade essa questão do Edivan com os produtores rurais já é uma questão que vem sendo amadurecida há mais de 30 dias”, pontuou.
Donadoni afirmou que entende o momento de chateação por parte de Bittar e vê como “natural”, mas que o governo não tem nenhum interesse em romper a parceria. “O momento de chateação da parte do Márcio a gente vê como natural. O governo não tem nenhum rompimento e nem vai ter com ele. Não existe essa situação de desembarque do governo até porque o senador Márcio é o que tem hoje a maior estrutura dos parlamentares federais no governo. O governo não mexeu nessas estruturas diferentemente com o que vem acontecendo com a situação do Israel Milani, que é uma situação diferenciada. Então não há esse estremecimento, essa inclinação para rompimento por parte do governador com relação ao Márcio não. Da parte do governo não”, encerrou.
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