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Passaporte vacinal – não é sobre saúde, é sobre liberdade

Em todo o mundo livre, embora a mídia esconda quanto pode, em flagrante descumprimento de sua função precípua de informar a sociedade sobre os acontecimentos importantes, estão explodindo manifestações contra a exigência de atestados de picadas para acesso a muitos lugares, incluindo os prestadores de serviço público.


Os defensores dessa posição coatora, normalmente seguidores autômatos da agenda globalista, não conseguem explicar minimamente a serventia do tal passaporte. Falsa sensação de segurança ou apartheid sanitário? Simplesmente não faz sentido. “Israel instituiu o passaporte vacinal em fevereiro deste ano e depois de seis meses enfrenta um enorme surto da cepa variante Delta, que escapa da imunização das vacinas”, disse a Dra. Akemi Shiba nesta quarta-feira em audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, que discute o tema. Mais informações (ver AQUI).


Quem não aceita a domesticação se inquieta e é por causa disso que em toda a Europa, EUA, Japão, Índia etc., ou seja, em todos os países onde é possível, as pessoas estão se rebelando contra o passaporte vacinal. Sem contar que a medida ameaça a própria sobrevivência de trabalhadores e de doentes que, impedidos de realizar normalmente suas tarefas e consultas, seja no setor público ou no setor privado, arriscam seus empregos e sua saúde.


Obviamente, as manifestações não reúnem multidões de suicidas, prontas a serem infectadas e mandadas para o crematório sem sequer uma oração de encomenda de suas pobres almas. Trata-se de gente que ama a liberdade e, por ela, estão dispostas a lutar ferrenhamente. Não se vê nas centenas de fotos e vídeos distribuídas na web, corpos nus com crucifixos encravados em algum recôndito, ou bandeiras vermelhas com a imagem de algum ditador assassino.  É apenas gente comum, normal, trabalhadora, responsável, avós, pais e mães determinados a não se submeterem ao controle estabelecido pelo sistema Orwelliano em voga. 


O carimbo não está despertando reações apenas na Europa. Por aqui também há resistência, apesar do encobrimento da imprensa, seguramente pela politização do tema. 


Alguém já ouviu falar em objeção de consciência? Conheço advogados que se assustariam em saber do que se trata, políticos então, valha-me Deus! Pois é um direito constitucional. O Dr. José Carlos Buzzanelo troca em miúdos e apresenta AQUI, em documento do Senado Federal, oito classificações para a objeção de consciência: ao serviço militar, de consciência religiosa, ao exercício profissional, à obrigação sanitária e tratamento médico, à obrigação de doação de órgãos, ao aborto, ao trabalho no sábado e de consciência eleitoral.


Seguindo a Assembleia do Espírito Santo, em São Paulo, a deputada estadual Janaína Paschoal (ver AQUI), que foi vítima da peste e somente se salvou por não obedecer ao mantra mandettiano “vá pra casa e espere a falta de ar”, apresentou recentemente, juntamente com outros parlamentares, um Projeto de Lei que, penso, é bastante oportuno. Já que o STF determinou no início do ano passado que cada Estado faça o bem entender, parece razoável que as Assembleias Legislativas  assegurem aos cidadãos o pleno gozo da liberdade, seu direito natural.


O inteiro teor do PL coletivo liderado pela deputada paulista, que, lembremos, é coautora do pedido de impeachment que defenestrou da presidência da república a mais incompetente criatura a ocupar o posto, pode ser lido AQUI. Do extraordinário texto, cuja leitura, aliás, recomendo a todos, especialmente aos médicos e parlamentares, destaco um pequeno trecho que vai abaixo e que trata das disposições do Código de Nuremberg, produzido a partir dos horrores verificados durante o Nazismo. Veja-se a transcrição:


“1 – O consentimento voluntário do ser humano é absolutamente essencial. Isso significa que as pessoas que serão submetidas ao experimento devem ser legalmente capazes de dar consentimento; essas pessoas devem exercer o livre direito de escolha sem qualquer intervenção de elementos de força, fraude, mentira, coação, astúcia ou outra forma de restrição posterior; devem ter conhecimento suficiente do assunto em estudo para tomarem uma decisão. Esse último aspecto exige que sejam explicados às pessoas a natureza, a duração e o propósito do experimento; os métodos segundo os quais será conduzido; as inconveniências e os riscos esperados; os efeitos sobre a saúde ou sobre a pessoa do participante, que eventualmente possam ocorrer, devido à sua participação no experimento. O dever e a responsabilidade de garantir a qualidade do consentimento repousam sobre o pesquisador que inicia ou dirige um experimento ou se compromete nele. São deveres e responsabilidades pessoais que não podem ser delegados a outrem impunemente.”


Ora, sendo as picadas, como sabemos todos, declaradas experimentais pelos próprios laboratórios e agências reguladoras, de que modo ético e legal, pode qualquer ente estatal ou privado, ainda que indiretamente, obrigar o indivíduo a participar do tal experimento? Simplesmente não pode e, não podendo, também não lhe incumbe impor qualquer retaliação em caso de negativa do agente passivo. A exigência de apresentação do atestado para o acesso a qualquer lugar é, antes de tudo, indigno, rebaixa o cidadão livre a uma segunda categoria como pessoa humana.


Como se vê facilmente, tratou o legislador em Nuremberg de garantir a liberdade do indivíduo em primeiro e decisivo lugar. Ao dizer que “o consentimento humano é absolutamente essencial” (grifo meu), exclui-se qualquer relativismo ou superveniência. Vige, neste contexto, acima de qualquer outra alegação, a liberdade do indivíduo em expor ou não o próprio corpo a substâncias e experimentos de qualquer ordem em qualquer nível, o que coaduna-se perfeitamente com o Art. 5º da nossa Constituição Federal.


Aos políticos de modo geral, lembremos: A coragem, mais que a covardia, é contagiante.



Valterlucio Bessa Campelo escreve todas as sextas-feiras no ac24horas e, eventualmente, em seu BLOG e no site Conservadores e Liberais (puggina.org)