Durante o programa Boa Conversa, transmitido pelo ac24horas na noite desta quarta-feira, 30, o líder do governador Gladson Cameli (Progressistas) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado estadual Pedro Longo, falou acerca do cenário nacional para as eleições de 2022, fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação a condução da pandemia da Covid-19 e comentou a atuação do ex-juiz Sérgio Moro na Lava Jato.
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Para Longo, Bolsonaro perdeu a chance ‘histórica’ de unir o país no enfrentamento da pandemia, que levou mais de 500 mil brasileiros a óbito. O ex-juiz admitiu torcer por uma terceira via e descartou apoiar Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
“Eu acho que o Bolsonaro perdeu uma oportunidade histórica de unir o país no enfrentamento da pandemia. Ele preferiu trabalhar a favor do vírus e foi isso que ele fez ao longo do tempo. Ele promoveu aglomeração e tirou máscaras de crianças. Certamente, não é o presidente que eu escolheria nessas circunstâncias. Eu tenho muitas diferenças. É uma questão de humanidade, sensibilidade e de formas de agir. Eu não concordo com essa forma de agir”, afirmou.
Em relação a Moro, Longo afirmou que o ex-juiz cometeu equívocos e acabou invalidando o seu trabalho na Lava-Jato ao largar a magistratura para entrar na política. Ele descartou o nome do ex-ministro como uma terceira via.
“Eu acho que Moro se atrapalhou um pouco. Ele fez um bom trabalho em algumas coisas, mas quando ele fez a opção de ir pro Ministério acaba desqualificando o trabalho que foi feito, e esses julgamentos do STF acabaram colocando uma pá de cal nessa possibilidade. Eu não o vejo como essa terceira via que poderia unir o país. Ele cometeu muitos equívocos como juiz. Desde o início, eu questionei porque o Lula estava sendo julgado em Curitiba porque não havia essa lógica. O foro competente seria Brasília, São Paulo e aquele movimento de atrair a Lava Jato virou como se fosse um juízo universal e eu nunca tinha visto isso. Agora, o STF disse que aquilo estava errado”, afirmou.