O comando do Partido Social Liberal (PSL) no Acre pode ficar sob a influência de aliados do Palácio Rio Branco nos próximos dias. Pelo menos é a informação que tem circulado em Brasília (DF), a capital do poder. O ac24horas apurou que no início desta semana o governador Gladson Cameli (PP) e o senador Márcio Bittar (MDB) estiveram reunidos com o vice-presidente Nacional da sigla, Antônio Rueda.
A pauta do encontro seria os novos rumos da sigla sem a influência do vice-governador Major Rocha, que ainda mantém forte persuasão junto a Luciano Bivar, presidente nacional do PSL.
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Na agenda política, a reportagem foi informada de que o presidente da executiva estadual do PSL no Acre, Pedro Valério, também participou do encontro, juntamente com o suplente do senador Márcio Bittar, o médico Eduardo Veloso.
A priori, a mudança no comando do PSL contaria com o apoio de Valério, que seria uma espécie de “consigliere” dentro da estrutura do partido para recepcionar novos filiados vindos da estrutura Palaciana do Acre, dentre eles Eduardo Veloso e até mesmo o ainda Secretário de Saúde, Alysson Bestene, que deverá deixar o cargo nos próximos dias para se dedicar exclusivamente a articulação política visando as eleições de 2022. Valério continuaria sendo presidente da executiva estadual até segunda ordem.
Durante a prosa, o fraco desempenho do PSL nas eleições de 2020 no Acre foi posto como um dos alicerces do convencimento para mudanças na sigla.
O representante da Direção Nacional, Antônio Rueda, teria sinalizado positivamente para mudanças, mas aguardaria o amadurecimento de uma proposta e “um sinal”. Esse sinal apurado pela reportagem seria filiar até o dia 11 de junho pretensos candidatos a deputado federal com capilaridade eleitoral, que tenham chances reais de êxito no próximo pleito eleitoral.
Questionado pelo ac24horas, Pedro Valério confirmou que todos tem interesse no PSL e nega que Rocha estivesse no comando da sigla. “O que mais acontece é gente em Brasília tentando tomar o comando do PSL. A bem da verdade, o Rocha nunca esteve no comando do PSL. Ele esteve no comando da campanha do partido na capital. O presidente sempre fui eu, quem tocou o partido sempre fui eu e eu nunca fui cooptado, nunca fui marionete por ninguém. Ele [Rocha] é uma liderança, nosso vice-governador. Ele veio aqui, procurou o nosso presidente naquela época e tal e tal, forçou a filiação dele no PSL e entrou. Hoje eu tenho uma boa relação com ele. O que eu sei é que não falta gente em Brasília tentando tomar o comando do partido. Isso é uma rotina”, diz o dirigente afirmando não saber quem seria a pessoa que estaria fazendo essa articulação.
A reportagem procurou o vice-governador e perguntou se ele sabia dessa manobra em Brasília. Enfático, o militar revelou detalhes. “O Márcio e o Gladson fizeram uma visita ao Diretório Nacional. Na oportunidade, o Márcio fez a proposta para passar o comando do partido ao suplente de senador. Pela descrição era o Eduardo Veloso. Mas não foi aceito. Por sua vez o Valério tenta se alinhar com o Cameli, por imposição do Bittar. Valério é assessor do Gabinete do Bittar”, disse.
Rocha afirmou ainda que não tem medo de perder o comando do partido e disse que tem acesso direto ao presidente nacional da sigla, Luciano Bivar. “Eu sei de tudo, já fui informado. Não acredito que consigam fazer isso. Tenho contato direto com Bivar e até onde eu sei, tudo está certo”, frisou.
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