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Acre tem a maior taxa de jovens vivendo na pobreza no Norte

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Leônidas Badaró

A Fundação Abrinq, criada em 1990, é uma organização sem fins lucrativos que tem como missão promover a defesa dos direitos e o exercício da cidadania de crianças e adolescentes, está lançando a edição 2021 do Cenário da Infância e Adolescência no Brasil. Anualmente, desde 2014, essa publicação é lançada com o objetivo de traçar um cenário sobre a situação da infância e adolescência no país.


De acordo com a instituição, todos os dados utilizados na publicação são de fontes públicas e ajudam a avaliar o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, compromisso global do qual o Brasil é signatário para a promoção de desenvolvimento justo, inclusivo e sustentável até 2030.


A maior parte desses indicadores também está disponível no Observatório da Criança e do Adolescente, onde é possível comparar dados entre regiões, estados e municípios brasileiros, gerar planilhas e compartilhar as informações pesquisadas em redes sociais.


Proporcionalmente, a Região Norte é a que apresenta a maior concentração de crianças e adolescentes, com 41% da sua população tendo menos de 19 anos de idade.


Os dados de 2019 mostram que o Brasil tinha aproximadamente 60,3 milhões de pessoas vivendo com renda domiciliar mensal per capita de até meio salário-mínimo (R$ 499), sendo que 26,5 milhões dessas pessoas viviam com metade dessa renda (R$ 249,50).


A região Norte é a segunda região do Brasil a concentrar a maior proporção de pessoas vivendo com renda domiciliar mensal per capita de até ½ salário mínimo, com 47,6% de sua população. Proporção muito superior à média brasileira de 28,8%.


A publicação, infelizmente, coloca o Acre como o estado da Região Norte que lidera em número de famílias que vivem com renda domiciliar mensal per capita de até ½ salário mínimo.


Os Estados desta região que concentram as maiores proporções da população vivendo com renda domiciliar mensal per capita de até ½ salário-mínimo são o Acre (51,9%) e o Pará (50,9%), sendo Rondônia aquela que concentra a menor proporção de pessoas nesta classe de rendimentos (29%).


Pouco menos de duas em cada três (63,9%) crianças desta faixa etária reside em domicílios com renda mensal domiciliar per capita de até ½ salário-mínimo. Proporção superior aos 45,4% da média nacional.


O ac24horas procurou o governo do estado para um posicionamento sobre quais ações estão sendo desenvolvidas para diminuir o índice de pobreza no estado e aguarda retorno do poder público.


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Leônidas Badaró

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