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Saúde alerta para atualização de dados da vacinação em estados e municípios

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Edmilson Ferreira

O Ministério da Saúde reforçou, por meio de ofício enviado nesta segunda-feira (22), que estados e municípios atualizem os registros de doses aplicadas nos sistemas de informação da pasta.


O pedido, endereçado também aos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), visa permitir melhor acompanhamento da execução da campanha de vacinação no país, já que grande parte dos números registrados na base de dados do Ministério estão defasados na comparação com as informações públicas.


Além de possibilitar a análise de dados reais do país para distribuição de mais doses e auxílio aos municípios, o preenchimento adequado das informações nos sistemas permite que o Ministério avalie, por exemplo, avançar o ritmo de vacinação dos grupos prioritários.


Para que o lançamento dos dados possa ser feito com rapidez, o Ministério da Saúde disponibilizou aos gestores de saúde o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) para registro das aplicações. Estados e municípios devem enviar os registros de doses aplicadas por meio deste sistema ou da plataforma de integração – no caso daqueles que optaram por não utilizar o sistema do Ministério da Saúde -, no prazo de 48 horas.


Por meio da plataforma Localiza SUS, a população também pode acompanhar os recursos e insumos distribuídos a cada Estado.


Além de solicitar a atualização dos sistemas de informação para acompanhamento da execução do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), o documento pede que estados e municípios ampliem o número de locais de vacinação nas cidades e estendam os horários de funcionamento das unidades a fim de atender as novas remessas de imunizantes.


Hoje, o Brasil possui 38,8 mil salas de vacinação em todo o país. Com a estabilização das entregas semanais de Fiocruz e Butantan e o aumento da produção nacional de vacinas com matéria-prima importada, a demanda por locais de vacinação deve aumentar nos próximos dias.


A partir de abril, a Fiocruz deve produzir 24 milhões de doses mensalmente, enquanto Butantan prevê a fabricação de 13 milhões de doses, permitindo ampliar ainda mais a vacinação dos brasileiros. O Brasil também conta com entregas de novas doses do consórcio Covax Facility e imunizantes provenientes dos acordos com a Precisa Medicamentos (Covaxin) e a União Química (Sputinik V), a depender da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


Junto com o ofício, o Ministério enviou ainda o sétimo Informe Técnico, para orientar os estados diante do novo lote com mais de 5 milhões de vacinas covid-19, distribuídas ao longo do último sábado (20) e domingo (21). O documento traz a autorização da pasta para utilizar a totalidade da remessa para aplicação da primeira dose e aumentar o número de pessoas imunizadas, sem que haja necessidade de reserva de doses para a segunda aplicação.


A mesma recomendação vale para as doses entregues na 8ª pauta de distribuição, realizada na última semana, com a distribuição de 4,5 milhões de doses do Instituto Butantan. A mudança de estratégia se justifica pela garantia de estabilidade das entregas semanais de vacinas produzidas no Brasil por Fiocruz e Butantan, a partir do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado.


De acordo com o Sétimo Informe Técnico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) divulgado pela pasta, a nova remessa de vacinas do Butantan vai atender aos profissionais de saúde e idosos de 70 a 74 anos, enquanto os imunizantes da AstraZeneca contemplarão comunidades ribeirinhas e quilombolas. A estratégia foi definida considerando o prazo maior para a aplicação da segunda dose da vacina da Fiocruz, que possui um intervalo de 12 semanas entre elas, facilitando o cumprimento do esquema vacinal em locais de difícil acesso.


A expectativa é que essa distribuição contemple 100% dos moradores de comunidades ribeirinhas e 63% da população em comunidades quilombolas em todo o país.


(MS)


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Edmilson Ferreira

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