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Marciano, o artilheiro interplanetário

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Manoel Façanha

Em 3 de janeiro de 1950, nasceu na cidade catarinense de Lauro Muller, Marciano José Silveira Filho.


Verdade, Marciano era o nome oficial de Marciano, jogador que marcou época no futebol brasileiro durante as décadas de 1970 e 1980.


Começou no futebol no Henrique Lage, equipe amadora de sua cidade. De lá saiu contratado pelo Metropol, onde após apenas 4 partidas, acabou sendo levado para o Figueirense, onde ficou por somente 5 meses, até um amistoso frente ao Internacional, quando chamou a atenção do técnico colorado.


Com 19 anos seu caminho foi Porto Alegre. Lá chegando enfrentou a concorrência de dois ídolos da torcida colorada, os atacantes Bráulio e Valdomiro. Acabou sendo emprestado ao América Carioca. De volta ao Internacional fez parte do plantel que conquistou os títulos gaúchos de 1970 e 1971. Com poucas chances na equipe titular, comprou seu passe junto a equipe gaúcha.


Em 1973 foi contratado pelo Fortaleza, onde viveu seu primeiro grande momento como titular da equipe que foi campeã cearense daquele ano, sendo inclusive o artilheiro do campeonato com 17 gols marcados. No ano seguinte, chegou a participar da campanha do bicampeonato cearense, quando aceitou o desafio de jogar no futebol paulista, no Guarani de Campinas.


Ao se contundir, rescindiu o contrato e voltou para se recuperar na cidade de Porto Alegre, onde fixara residência.  Em 1975, já recuperado, foi contratado pelo Paysandu de Belém do Pará. Fez sucesso na equipe alviceleste, sendo vice-campeão estadual e vice-artilheiro do campeonato paraense.


Em 1976, voltou ao futebol cearense, desta vez para vestir a camisa do Ceará, onde foi campeão estadual de 1976 e artilheiro da competição com uma incrível marca de 34 gols. Sua fama de goleador voltou a correr o Brasil e atraiu o interesse do Flamengo que não acreditava ser Luisinho, futuramente Luisinho das Arábias, o centroavante ideal para a equipe.


Entre 1976 e 1977, Marciano jogou 25 partidas com a camisa rubro negra e marcou 12 gols. Nunca se firmou como titular e após o surgimento de Claudio Adão, acabou sendo negociado com o Botafogo de Ribeirão Preto.


Após uma tímida passagem no tricolor, continuou sua peregrinação no mundo do futebol, agora pelo estado do Paraná, onde atuou no extinto Colorado, em 1978, e posteriormente no Coritiba, em 1979.


Logo estaria de volta ao futebol nordestino defendendo as cores do Bahia, novamente as do Fortaleza, onde foi vice-campeão estadual em 1980, e em seguida as do Ceará, onde voltou a ser campeão estadual em 1981.  Segundo alguns historiadores, é o maior artilheiro da história do campeonato cearense, com 98 gols marcados, vestindo as camisas das duas maiores equipes do estado.


Em 1982, passou pelo CSA, sendo o artilheiro da equipe que conquistou o vice-campeonato brasileiro da segunda divisão. A seguir foi contratado pelo Náutico. Em 1983 voltaria a vestir as camisas do CSA e do Ceará.


Não parou por ali e continuou sua vida peregrina, sempre marcada por muitos gols. Marciano foi daqueles jogadores considerados ciganos do futebol brasileiro, por conta do grande número de camisas que defendeu, mais de 18, ao longo de toda a sua carreira, em vários estados e em todas as regiões do país, feito raríssimo.


 


 


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Manoel Façanha

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