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Toniquim e Raimundo Fernandes, dois diletos amigos de longas datas, trocaram de idade nessa semana que recém passou. O primeiro, nascido no dia 21 de fevereiro de 1947, completou 69 anos; o segundo, nascido no dia 24 de fevereiro de 1955, chegou aos 61 bons “aninhos”.
Tanto um como o outro tem enorme folha de serviços prestados ao futebol acreano. O Toniquim, na condição de dirigente maior do esporte no Estado desde 1984, ainda nos tempos românticos do amadorismo; o Fernandes, na condição de integrante da crônica esportiva desde 1978.
Resumindo a participação do Toniquim na história do futebol local, ele foi só o cara que, quase ao mesmo tempo, além de tirar a sede da federação de imóveis alugados ou emprestados, dotando-a de um local próprio, ainda liderou a campanha para o advento do profissionalismo.
É certo que existem críticos agudos no que diz respeito a essa mudança do regime amador para o profissional do futebol acreano. Para estes, antigamente tudo era melhor dentro do campo. Mas a questão é a seguinte: contra quem os nossos times jogariam se ainda fossem amadores?
Fora essas duas realizações (sede própria e profissionalismo), o Toniquim passa à história como a criatura que construiu um estádio para a realização dos jogos do campeonato acreano. A Federação de Futebol do Acre é a única no país que possui o seu próprio estádio. Um mérito sim!
No que diz respeito ao Raimundo Fernandes, que foi meu aluno no extinto curso de jornalismo do Instituto de Ensino Superior do Acre (Iesacre), dele se pode dizer, entre outras coisas, que se trata de um desses casos raros de busca obsessiva por um lugar ao sol nas lides jornalísticas.
Segundo depoimento do dito cujo, ainda criança, quando morava no seringal Maracaju, ele ouvia as vozes dos locutores no rádio e dizia aos seus irmãos que um dia seria ele quem mandaria os recados para o interior através das ondas hertzianas. Os irmãos riam e o chamavam de maluco.
O tempo provou que as palavras dele não eram ditas apenas da boca pra fora. Cinquenta e cinco anos depois de dizer aos irmãos que um dia seria radialista, o Fernandes foi além depois de migrar para a cidade e enveredou pelo jornalismo impresso, tendo passado por inúmeras redações.
Toniquim e Fernandes são dois personagens imprescindíveis do futebol acreano. A diferença básica entre eles eu diria que é apenas o local onde resolveram comemorar os seus aniversários. O Toniquim comemorou na Suíça. Já a festa do Fernandes aconteceu no seringal Novo Andirá.