Inatacável na saúde
O prefeito Marcus Alexandre tem pendências da campanha. É natural. Mas há uma área sobre a qual os seus adversários não terão flanco para atacá-lo durante a eleição: o sistema municipal de saúde. São números altos para quem atravessa uma crise econômica nacional braba: foram 18 unidades básicas de saúde completas, com atendimento médico e odontológico, inauguradas na sua gestão e mais 8 a serem entregues até o fim do ano. Fora o Posto Barral y Barral, que será transformado em uma Policlínica com três andares. Mais importante que as obras é que funcionam. Se assim não fosse estavam pipocando reclamações do atendimento. Na Saúde há um termômetro que não falha: se ninguém derrama críticas é porque está bem. E olhe que a Saúde é o calcanhar de Aquiles de todos os administradores, por estar exposta ao contato público diário com pessoas fragilizadas emocionalmente.
Um bom secretário
Há que se registrar que o prefeito Marcus Alexandre tem um bom secretário de Saúde, o Otoniel Almeida, que caiu como luva numa pasta difícil de gerir.
Deram um balão
Os prefeitos de Assis Brasil, Betinho (PSDB), e o de Xapuri, Marcinho Miranda (PSDB), deram um belo de um balão na ex-deputada federal Antonia Lúcia (PR), prometeram se filiar ao seu partido e preferiram ficar no ninho tucano. Viram que a troca não traria benefícios eleitorais.
Pulou do barco
Foi confirmado ontem pela manhã pelo secretário Nepomuceno Carioca, um dos articuladores políticos do PT, que o vereador Orlando Diniz deixou mesmo o partido e se filiou ao PR, como a coluna noticiou. O golpe foi mais duro porque o vereador era um dos cotados para disputar a prefeitura do Bujari. Até aí morreu Nero.
Rápido no gatilho
O PT foi rápido no gatilho e em seguida o secretário Nepomuceno Carioca anunciou o ex-prefeito Clóvis Melo, como o nome que disputará a prefeitura do município pela FPA, em substituição ao vereador Orlando Diniz (PT).
Sequência da notícia
Pela parte da tarde recebo outra informação do secretário Carioca, de que o deputado federal Sibá Machado (PT) já tinha contornado a saída do vereador Orlando Diniz (PT), que pertence ao seu grupo. Mas não ficou aí.
Golpe mais profundo
Ontem, às 19 horas, no Bujari, este mesmo vereador Orlando Diniz (PT) se reuniu com a ex-deputada federal Antonia Lúcia (PR) e o secretário-geral do PR, Paulo Ximenes, e manteve não só sua filiação, mas trouxe também para o PR, o vereador Adaildo (PT).
E para completar
E para terminar esta novela mexicana, a chapa do PR no Bujari será formada por dois vereadores vindos do PT: Orlando Diniz para prefeito e Adaildo de vice-prefeito.
Rapa no PT
O PR da ex-deputada federal Antonia Lúcia (PR) está fazendo um rapa no PT, tirou os tradicionais petistas Osmar Facundo e Galego, em Xapuri; e agora, o vereador Orlando Diniz e o vereador Adaildo, ambos do Bujari.
Medida responsável
O governador Tião Viana foi responsável ao abrir ontem o jogo sobre a situação econômica do estado: grave, muito grave e com tendência a piorar. Só este mês o governo perdeu 33milhões de reais de repasses do FPE que seriam feitos pela União, o que deixa o Estado no vermelho.
O que deve ser cortado?
Para início de conversa deverão acontecer cortes no orçamento. Com certeza um corte fundo no custeio das secretarias. Possibilidade de reajuste salarial é zero. Novos investimentos, isso nem pensar. Ou o Tião Viana é pragmático no arrocho ou não pagará os servidores do quadro.
Cortar na carne
Se a crise é esta que foi apresentada pelo governador Tião Viana, ele também terá que cortar o número de cargos de confiança do governo, um corte raso, não importando se sejam ou não indicações políticas. Até para mostrar que o bom exemplo tem que começar de casa.
Não tem milagre
Em economia não tem milagre. Não adianta ser politiqueiro e criticar o Tião Viana. A responsável é a Dilma? É. Ela é do seu partido? É. Mas, qual é a sua responsabilidade se o governo federal levou o Brasil ao fundo do abismo da recessão? Não podia interferir em nada.
A questão não é o acre
Indo para o cenário nacional o problema não é o Acre. Rio Grande do Sul, um Estado rico, só vai pagar o 13º salário dos seus servidores em junho. O Rio de Janeiro não tem como pagar janeiro aos funcionários. Amapá, Roraima, estão no mesmo barco. A recessão é realidade!
Segura o pagamento ou acaba o governo
Pelo que conheço do governador Tião Viana ele breca todos os pagamentos de terceiros, não faz investimentos, mas manterá em dias os salários dos servidores, o que já é uma conquista. Não agindo assim dará a chave da prefeitura da Capital à oposição e acaba o seu governo.
Feição da preocupação
A feição do governador Tião Viana na coletiva de ontem em que traçou o cenário econômico catastrófico do governo era de completo abatimento. O mesmo se podia notar nos secretários que o ladeavam, Márcia Regina e Tinel Mansour. O ânimo baixo não podia ser outro.
Hipocrisia religiosa
O carnaval é uma tradição cultural do Brasil. Quem quiser brincar, que caia na folia. Quem for religioso, que aproveite a quadra carnavalesca e faça retiros espirituais. Mas nada tão hipócrita como o prefeito de Marechal Taumaturgo, Aldemir Lopes (PT), mandar o povo orar.
Eleição do convencimento
Com a queda do FPE, a próxima eleição para prefeito será na base do convencimento, os atuais prefeitos vão enfrentar a eleição mais dura do que já enfrentaram, porque serão cobrados pela população e não terão como atender as demandas e estarão quebrados.
Conversa aberta
O prefeito Marcus Alexandre conversou ontem pela manhã com o presidente do diretório municipal do PR, médico Carlos Beirute, e ficou impressionado por saber que, ao lado do PR orbitam mais três partidos. Voltou a dizer não haver compromisso para o vice ser do PT ou do PCdoB.
Ligação direta
Durante a reunião, Marcus Alexandre ligou para o deputado federal Silas Câmara (PR-AM), marido da ex-deputada federal Antonia Lúcia (PR), e marcou uma conversa política para amanhã, em Brasília. Marcus sabe que esta não será uma eleição Mamão com mel.
Convite para vice
O PR parece que está sendo a cereja do bolo desta eleição municipal com sua coligação de quatro partidos. O presidente do PMDB, deputado federal Flaviano Melo, colocou à disposição da presidente do PR, Antonia Lúcia, a indicação de um vice na chapa da deputada Eliane Sinhasique (PMDB). Com isso ganharia a adesão do PR-PEN-PSC-PTC.
Nas brenhas, sem celular
O deputado Eber Machado (PSDC) deve andar pelas brenhas em campanha para a prefeitura de Rio Branco. Não conseguimos contato para saber se procede a notícia que poderia retirar seu nome para a oposição ter uma candidatura única à PMRB.
Aliança firmada
O prefeito de Capixaba, Vareda (PR), famoso pela fama de tratar mal as pessoas, conseguiu uma aliança importante para disputar a reeleição, o ex-prefeito Serraria, que foi do PCdoB, que deverá indicar a mulher de vice na chapa do atual prefeito.
Proposta de quem fala grosso
Um importante grupo político do Amazonas (não é ligado ao senador Gladson Cameli) fez há poucos dias uma proposta de compra de uma emissora e um jornal da Capital. Mandou o dono botar preço para fechar o negócio em grana e sem parcelamento. Paredes têm ouvidos.
Mexe com o quadro
A candidatura de Chicarlos a prefeito de Feijó mexe com o quadro político do município. A candidatura terá também o apoio do empresário Claudélio. Trabalho extra para o PT.
Está afunilado
A eleição nem começou, a campanha ainda não foi para as ruas, mas pelas opiniões que se ouvem no município, a disputa para a prefeitura de Senador Guiomard hoje está afunilada entre as candidaturas de André Maia (PSD) e Ney do Miltão (PRB).
Não sei se terá força
A tese do prefeito Marcus Alexandre de que o vice não ser obrigatoriamente do PT e PCdoB é extremamente simpática entre os demais partidos da FPA. E correta, para não passar a idéia de que só há dois partidos na FPA. Se o Marcus terá força para viabilizar é outra história.
Cortando as gorduras extras
“Os deputados estaduais têm uma boa estrutura de gabinete. Não é justo, portanto, que numa crise econômica pela qual passa o governo do Acre, mantenham uma boa parcela de cargos de confiança no governo. Os partidos nanicos também têm centenas de afilhados em cargos de confiança. Existem outros cargos comissionados fora esses. Se o governador Tião Viana quiser mesmo ter o apoio da opinião pública neste arrocho econômico anunciado, tem que começar cortando as gorduras extras pela metade”. A observação me foi feita ontem por uma das três figuras mais importantes do PT, que pediu que seu nome não fosse mencionado para “não ter mais problemas”. Fica a sugestão de um petista de coturno alto. E por isso a reproduzi.