O debate da TV-ACRE foi mais solto, menos engessado, mas nada de excepcional que pudesse colocar Marcus Alexandre (PT) ou Tião Bocalon (PSDB) como vencedor. Alternaram-se em bons e maus momentos, muito decoreba, lugar comum, enfim, nada que influencie hoje na votação.
Mais apimentado
Mas assim mesmo foi o mais apimentado de todos os debates realizados nessa campanha.
Bando de bobocas
Alguns bobocas passaram a campanha empunhando bandeiras e brigando pelos dois candidatos a prefeito, que a partir de amanhã somem e nem sabem que eles existem.
Divisão visível
E você sair nas ruas, dar uma volta nos mercados, nos bairros, que dá para ver que a cidade está literalmente dividida entre Marcus Alexandre e Tião Bocalon, num grande equilíbrio.
Convicto da vitória
Durante a semana o governador Tião Viana passou os dias monitorando os bairros com pesquisas e com base nelas acredita que Marcus Alexandre ganha a eleição de logo mais.
Um detalhe
Baseia-se ainda no detalhe de que mesmo quando em alguma pesquisa se registra um empate técnico o candidato Marcus Alexandre (PT) sempre fica na dianteira, nunca perdeu o posto.
Visão da oposição
Já o deputado federal Flaviano Melo (PMDB), com base em pesquisas, se diz “confiante” na vitória de Tião Bocalon (PSDB), com o argumento que foi quem mais cresceu na reta final.
Voz das ruas
E que nas mini-carreatas diárias que participou sentiu uma grande manifestação do eleitor.
Minha opinião
Continuo crendo que, pelo fato do PT ter o governo e a prefeitura, isso pesa muito e pode ser decisivo a favor do Marcus Alexandre, mas a mobilização de hoje é um fator decisivo.
Chave na porta
As malharias foram orientadas desde sexta-feira a não vender mais camisas vermelhas e azuis como uma forma de evitar a boca de urna, que foi descarada nas filas das seções eleitorais.
Contra antecipação
O deputado Eber Machado (PSDC) é contra a antecipação da eleição da mesa diretora da Aleac de fevereiro para dezembro e quer um debate mais aberto sobre a ocupação dos cargos.
Rindo do irmão
Cleudo Paiva (PP), candidato derrotado a vereador, está feliz: “não tive o apoio do deputado Helder Paiva, meu irmão, mas estou alegre, o candidato que ele apoiou também perdeu”.
Ausência sentida
Uma ausência sentida nas manifestações do PT nessa campanha foi a do padre Asfury, que sempre puxava com coreografias as passeatas promovidas pelo partido do seu coração.
Muito ativos
Tanto o vice Alisson Bestene (PP) como o vice Márcio Batista (PCdoB) foram muito ativos nessa eleição que hoje se encerra. Deram a um ar de juventude nas campanhas do PT e PSDB.
Influência direta
Se desabar hoje a chuva que caiu sobre a cidade ontem pode ter grande influência no número de votantes, crescer a abstenção e ter influência direta no resultado da eleição.
Historieta engraçada
Contam sobre o padre Asfury que certa feita num sermão, tão envolvido que estava com o PT, trocou as bolas e ao invés de citar Moisés como quem comandou a travessia do povo hebreu no Mar Vermelho citou Jorge Viana como o autor. Questionado por um fiel sobre o erro, não deixou por menos: “o Jorge Viana não cruzou o Mar Vermelho, mas um dia vai cruzar”.
Coisa grossa
Se a PF monitorar algumas cabeças coroadas do movimento comunitário pode pegar coisa grossa, estão substituindo os candidatos a vereadores na montagem de “listas” eleitorais.
Pastores ou mercadores?
Ontem, pela manhã, um deputado foi chamado na Baixada da Habitasa, por “Pastores evangélicos” com proposta de montar listas para comprar votos durante o dia de hoje.
Caiu fora
O parlamentar caiu fora do esquema com a desculpa de estar liso. Depois tem gente que fica irritada com a coluna quando minimizo a seriedade do apoio de Pastores aos candidatos.
Ninguém pela ideologia
Sempre tem uma moeda de troca nesse tipo de apoio, seja financeiro como no caso desses Pastores, seja de olho na perspectiva do poder e outros por adorar serem amigos do poder.
Por Luis Carlos Moreira Jorge