Ontem conversei demoradamente com o deputado federal Márcio Bittar (PSDB). Fez uma análise política lúcida. Acha que, se a oposição continuar cometendo os mesmos erros dessa eleição, Tião Viana e Jorge Viana ficarão velhinhos de bengala ganhando todas da oposição.
Ilação tirada
Foi uma conversa de cujo trecho tirei alguns tópicos. Não foi uma entrevista. Mas como não me pediu reservas, pelas colocações interessantes, como jornalista, resolvi publicar na coluna.
Prefeituras de graça
Márcio debita aos egos de alguns dirigentes da oposição o boicote à sua luta de candidaturas únicas a prefeitos do interior. Vaticina que com oposição dividida o PT ganhará onde perderia.
Quem tem mais?
Avalia que, num segundo turno na Capital, que considera inevitável, o grande beneficiado é o governo por ter as máquinas municipal e estadual, e não a oposição, que luta com dificuldade.
Sem vaidade
Márcio Bittar, tranqüilo, me disse não lhe mover nenhuma vaidade de ser candidato a governador em 2014, com cada dirigente da oposição olhando para o seu próprio umbigo.
Derrota certa
Uma candidatura na base do cada um para seu lado, observou ele, será derrota certa para Tião Viana em 2014, um governador que trabalha, é organizado e pensa em tudo politicamente.
Teoria correta
Bittar diz que, sem unidade é difícil enfrentar um candidato a prefeito de um partido no poder. Para alguém derrotar um candidato assim é preciso ter 20% de dianteira no dia da eleição.
Vitória certa
Em Sena Madureira, sua base eleitoral, Márcio prevê uma vitória tranqüila da candidata a prefeita Toinha Vieira (PSDB). A polarização, na sua visão, é com o petista Mano Rufino (PR).
Erro de marketing
Considera um debate atrasado se discutir sexualidade num programa do PSDB. E diz não entender como o programa do candidato líder das pesquisas bate em quem está embaixo.
Análise real
A turma da oposição, principalmente os tucanos, podem até torcer a cara para as observações acima feitas na conversa com o deputado federal Márcio Bittar (PSDB), mas são reais e lúcidas.
Tacada segura
A guerra era dos bastidores. Agora virou pública com a comparação feita pelo senador Petecão (PSD) no horário eleitoral de Tião Bocalon (PSDB) com o ex-deputado Rubem Branquinho.
Fogo de palha
Na sua fala, o senador Sérgio Petecão (PSD) lembrou que Rubem Branquinho (PFL) aparecia em todas as pesquisas com 69% quando disputou o governo e acabou a eleição em último.
Lembram disso?
O tonto Branquinho, na maior cara de pau, aparecia no horário eleitoral com um pincel, uma tela na frente, resolvendo todos os problemas do Acre, uma figura caricata que causava risos.
A ponte que caiu
Branquinho foi um paranaense boquirrôto, que como secretário de Obras de Nabor Junior, fez uma única obra: uma ponte de madeira sobre o rio Acre, em Brasiléia, que acabou caindo.
Problemas resolvidos
O deputado Denilson Segóvia (PEN) tornou o Acre o maior produtor de feijão do mundo. O Astério Moreira (PEN) acabou com a miséria no Brasil. Isso em dois discursos ontem na Aleac.
Arromba homem
Segóvia ficou admirado com a produção de feijão arromba homem que viu em Marechal Taumaturgo. Não supre o mercado de Cruzeiro do Sul. E Astério se apoiou nas bravatas da Dilma.
Sexo dos anjos
Discutir na Aleac constrangimento a brasileiro em Cobija é o mesmo que discutir o sexo dos anjos. Foi que fez ontem o deputado Jamil Asfury (PEN). No máximo vale pela boa intenção.
Boa crescida
Comentário de quem não é seu eleitor. O programa do Fernando Melo (PMDB), o melhor do horário eleitoral, já lhe rende votos, isso é algo que dá para ser bem sentido nas ruas.
Outros quinhentos
Se isso servirá para lhe levar ao segundo turno são outros quinhentos, teria que disparar.
Não altera
De fato a candidata Toinha Vieira (PSDB) fez um grande comício e não uma passeata. Mas isso não lhe tira a fama de cavalo paraguaio, de sair na dianteira e perder a eleição.
Foi um fiasco
Suas passeatas tinham o dobro das do candidato Nilson Areal e ela perdeu feio a prefeitura.
Tem de explicar
Alguém da PMRB tem que explicar por que o rapa tomou as bicicletas dos invasores do Novo Cruzeiro. Com a palavra o prefeito Angelim. A PMRB não essa competência jurídica.
Fico só
Abandonado pelo PSDC e por quem o incentivou sair candidato a prefeito de Brasiléia, Messias Ribeiro, não renuncia. O deputado Edvaldo Sousa diz que ficará com ele até o fim.
Brigas intestinas
Quando se coloca adversários históricos num palanque pode-se até levar uma campanha. Mas quando se trata de inimigos declarados, uma hora a corda arrebenta. É o que acontece em Tarauacá, onde Wando Torquato (PP) e Chagas Batista (PCdoB) já não se entendem sobre os rumos da campanha do candidato Rodrigo Damasceno (PT). Demorou até demais.
Por Luis Carlos Moreira Jorge