Proponho a unidade de todos os oposicionistas a partir de uma plataforma comum que reúna em um mesmo projeto as ideias e o compromisso de romper a estagnação econômica que aprisiona nossa gente, promova a inclusão das pessoas e do Estado e que realce a importância vital da Democracia como valor universal.
Por enquanto, o que tem nos favorecido é a rejeição ao projeto que está nos governando, além de certa simpatia que alguns líderes oposicionistas despertam, mas isto não é suficiente para garantir a vitória e a governabilidade.
Nosso desafio é mostrar que estamos preparados, maduros, coesos e disciplinados para assumir o governo.
A partir de um mesmo ideal, devemos estabelecer nossa estratégia, pois estamos entre dois caminhos. Por um lado temos a via do diálogo com a sociedade, que nos fará pensar mais no coletivo do que no individual. Um caminho que romperá os limites estreitos dos partidos políticos, incorporando pessoas que não tem, e nem querem filiação, mas que por isso mesmo, por estarem em outras atividades, trarão novas ideias, novas perspectivas que nos colocarão a frente de um grande projeto. Precisamos de novos ares, precisamos de um compromisso com a inovação. E precisamos, acima de tudo, fazer isso juntos.
Estrategicamente, é importante que em cada município do interior a oposição, vencendo posições pessoais, muitas vezes legítimas, possa se apresentar com uma única chapa, reunindo os quatro deputados federais, o senador, os vários deputados estaduais, que ajudarão a criar uma identidade na campanha e na própria gestão municipal, com a alocação de emendas ao orçamento e o acompanhamento do emprego desses recursos.
Dessa maneira, a oposição pode conquistar um ano histórico, alcançando a vitória nas principais cidades do estado, fazendo uma gestão municipal honrada, transparente e democrática, chegando em 2014 com um projeto alternativo que atenda ao anseio da população e com grandes chances de vitória, honrando o sacrifício de milhares de pessoas que conosco caminham.
A outra via é a da divisão. Nela teremos, em média, três candidatos de oposição por município para disputar com um do governo, perdendo onde é previsto que percamos e comprometendo a vitória onde podemos ganhar.
Este é o caminho do cada um por si, em que mais vale o que cada um quer do que o conjunto. Nele impera o egoísmo a vaidade, e principalmente a desorganização. Pois onde teremos três candidatos agindo cada um por si, teremos também um forte candidato do governo, com grande apoio, base unida e organizada.
Esta não é, a meu juízo, uma direção razoável, não é lógica, não é crível. Ao adotarmos essa saída, daremos razão aos que afirmam não haver projeto coletivo de governo na oposição.
Portanto os próximos meses dirão em que rumo caminhará nossa oposição. Ou para promover um governo de libertação dos acreanos ou optando por permanecer acomodados na oposição.
Na segunda-feira, eu e pessoas que também comungam da crença na unidade, estaremos anunciando a formação de uma nova aliança política. O caminho não é fácil nem rápido, mas é ele, e somente ele, que poderá nos levar ao governo e permitirá que façamos uma grande gestão para a sofrida gente Acreana.
De minha parte, termino por dizer que há anos venho lutando para unir a todos aqueles que acreditam em um novo modelo para o Acre. É bom lembrar que não estou sozinho nesta luta. Creio que já demonstrei meu desprendimento a projetos individuais, quando não aceitei convite do governo para disputar, com o apoio deles, a vaga ao Senado em 2002. Posteriormente, em 2010, deixei mais uma vez de ser candidato ao senado, mesmo com as pesquisas favoráveis, e nem por isso deixei de ir às ruas pedir voto ao candidato que hoje é nosso Senador. Por último, abri mão da possibilidade de candidatar-me à Prefeitura este ano, em nome da unidade partidária.
Dessa forma, defendo a busca de um caminho em que impere a unidade e a construção de um projeto político que transforme a vida dos Acreanos e a forma de fazer política no nosso estado.
Deputado Federal Marcio Bittar
Presidente do PSDB/AC