Ray Melo,
da redação de ac24horas
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A Procuradora Geral do Ministério Público Estadual (MPE), Patrícia Rêgo negou nesta terça-feira, 28, a possibilidade de fraude no concurso da instituição, como teria supostamente afirmado Hildebrando Pascoal, em cartas envidas a desembargadora do Tribunal de Justiça do Acre, Eva Evangelista e a procurado de Justiça, Vanda Milani Nogueira, ex-cunhada do coronel acusado de chefiar o esquadrão da morte, no Acre.
Patricia Rego disse ainda, que não saberia como as cartas teriam chegado à imprensa nacional. De acordo com a Procuradora Geral, o caso estaria tramitando em segredo de Justiça. “Estas cartas estão aqui no MP, desde o final de novembro do ano passado, quando foi instaurado um procedimento investigatório criminal”. As cartas teriam sido recebidas pelo procurador Sammy Barbosa, entregue pelas próprias magistradas.
Dois promotores teriam sido destacados para acompanhar o caso. De acordo com a Procuradora Geral, os escolhidos para acompanhar o caso teriam participado da investigação de alguns dos crimes atribuídos ao ex-coronel Hildebrando Pascoal. Para Patrícia Rêgo questionou a legitimidade das cartas e informou que os primeiros procedimentos serão para averiguar se Hildebrando teria escrito os documentos.
Segundo Patrícia Rêgo, não teria como o ex-coronel ter enviado as cartas via sedex, já que se encontra em um presídio de segurança máxima. “Não sei como isso aconteceu. Vai ser também objeto de análise e procedimento está tramitando, com pedidos de perícia para averiguar a autenticidade das cartas. Nós não sabemos sequer se as cartas teriam sido feitas de próprio punho. Portanto, ele precisa ser ouvido”.
A Procuradora Geral informou que Hildebrando Pascoal estaria internado no Hospital das Clínicas, impossibilitado de prestas qualquer tipo de esclarecimento. Sobre a suposta fraude na aprovação da procuradora de Justiça, Gilcely Evangelista, no concurso do MPE, Rêgo disse que seria impossível haver a manipulação, já que a prova passa por outras fases, além da prova objetiva, onde Pascoal teria afirmado que houve a fraude.
“O concurso de provas e títulos de promotor público é feito por cinco membros do MP, mais um da OAB. O certame é feito em fases, com uma prova objetiva, uma prova dissertativa e uma prova oral, que é pública, assim como a prova de tribuna. Não haveria como fraudar todos estes pontos”, diz Patrícia Rêgo.
Para a procuradora, o que teria gerado as cartas de ameaça teria sido a perda da patente de coronel, por Hildebrando. Nos questionamento de Patrícia Rêgo estaria a falta de provas, já que o ex-coronel apresentou apenas argumentos e nenhum documento que comprove as denúncias. Rêgo disse ainda, que não acredita na progressão de pena de Pascoal em 2014. Se comprovado que o ex-coronel escreveu as cartas, ele poderá responder mais um processo, acredita a Promotora Geral do MPE.