No último dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a apresentadora Hebe Camargo completaria 95 anos de vida, e Marcello Camargo, único filho da animadora, conversou com Felipeh Campos, no Link Podcast.
No bate-papo, o herdeiro da apresentadora contou detalhes sobre a morte da mãe e como foi a última semana dela. Uma das revelações que Marcello fez foi que, mesmo sendo católica praticante, ela acreditava no espiritismo e estava acompanhada de um pai de santo, amigo da família, no momento da partida.
Logo no início da entrevista, ele falou sobre o aniversário da mãe, em 2012, ano de sua morte: “Ela ainda teve uma vida razoável. E 2012 foi um ano muito difícil, de muitas idas e vindas ao hospital”, recordou, antes de completar:
“O último aniversário dela, 8 de março de 2012, passamos na casa do Tom Cavalcante e, na hora de ir, ela pediu para sentar um pouco porque não estava muito bem. Foi, se divertiu pra caramba, tomou vinho. Tava o Jô, o Faustão”.
Em seguida, Marcello contou que Hebe passou mal: “Na hora de cortar o bolo, filho é uma coisa impressionante, né? Eu olhei nos olhos dela e vi que não estava bem. Aí ela saiu depressa da mesa e passou muito mal na casa do Tom. Ninguém viu porque ela foi lá pra dentro”.
E continuou o relato: “No dia seguinte, ela internou de novo, fez a cirurgia, grande, e aí ela se recuperou de novo, voltou a ter uma vida quase normal, foi na final do Paulistão no Morumbi, Santos e Guarani, porque ela adorava o Neymar”.
Mas quem pensa que, nos meses que antecederam a morte — em 29 de setembro de 2012, após lutar contra um câncer com metástase —, Hebe ficou parada, engana-se. “Em junho, ela gravou um DVD com o Justus, foi aos Estados Unidos, voltou e não estava bem. E de junho a setembro foi o período mais difícil”, relatou o herdeiro.
O filho da apresentadora disse, ainda, que a família já sabia que a situação era irreversível: “Não me lembro em qual operação, porque foram umas duas ou três, o dr. Macedo falou pra deixar ela comer e beber o que quisesse, viver a vida. Aí, percebemos que tínhamos pouco tempo”.
Marcello revelou como foi a semana que terminou com a notícia do falecimento: “No dia 24, na segunda-feira, o padre Marcelo foi rezar uma missa em casa. Na descida e na volta [da capela], foi um impacto muito grande. Como ela ficava muito no quarto, nós não víamos a dificuldade que ela estava para se locomover”.
Em seguida, ele contou: “Na quinta-feira, ela começou a se desligar, e eu comecei a chorar copiosamente ao lado dela, e ela falava assim: ‘O que você tem? Tá gripado?’. Na sexta, ela já estava meio sedada, já se desligando”.
Uma situação que causou desconforto em Marcello foi não estar na companhia de Hebe na hora da morte: “E no momento da partida, não estávamos lá, nem eu nem o Claudio [sobrinho, empresário, assessor e produtor da apresentadora]. Eu tinha ido pra casa descansar e voltaria no sábado de manhã, que a gente já sabia que, provavelmente, seria o último dia de vida dela. Eu tinha tomado algo pra dormir e me atrasei. Eram umas 10h da manhã, eu tava na cozinha pra ir pra casa dela, e o Cláudio entrou. E o Cláudio tinha acordado no sábado e foi cortar o cabelo. Eu me questionei muito”.
O entrevistador, então, questionou quem estava com a apresentadora no momento da partida. E Marcello revelou: “Estava o Luiz, amigo do Claudio, que é pai de santo, e a Lourdes, que está ainda viva, com 98 anos, que sempre esteve junto da minha mãe”.
E prosseguiu: “Minha mãe sempre quis poupar a mim e o Claudio de coisas ruins, de momentos difíceis. Então eu acho, que ali, num ponto de partida, entre um mundo e outro, ela fez questão de a gente não estar lá”.
Ao encerrar o assunto, o filho de Hebe afirmou: “E o Luiz, que é esse pai de santo, ele falou se nós estivéssemos lá, ia ser muito difícil para ela a partida, porque é aquele momento de se desligar de quem você ama”.
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Fonte: Metrópoles