O ex-deputado federal Sérgio Barros, que agora disputa novamente uma vaga na Câmara Federal pelo PSDB do Acre, foi o entrevistado pelo Bar do Vaz nesta quinta-feira (29). Ao lado do jornalista Roberto Vaz, relembrou os tempos em que participou ativamente da política local, o motivo de seu afastamento e também o por que decidiu voltar a este cenário como candidato longos anos depois.
Conhecido por atuar fortemente na área de terras, questões fundiárias e afins, Barros contou que ainda trabalha em sua empresa, que lida na área fundiária, demarcação de terras, projetos de urbanização, de estradas, e etc.
Em 1990 ganhou uma concorrência internacional e pôde fazer uma das demarcações de terra mais famosa, a da área indígena Yanomami, em Roraima. “À época, já havia demarcado mais de 100 terras indígenas e não tivemos dificuldades. Sempre tivemos um excelente relacionamento com os povos indígenas, um tratamento respeitoso”, diz o candidato, destacando ter sido um trabalho fantástico.
Barros decidiu dar um tempo na política após episódios de doença na família. Primeiro com ele, depois com seu filho, que chegou a falecer. À época pediu afastamento do partido e não se candidatou ao Senado, onde possuía larga chance de ser eleito.
Agora, nutre a intenção de voltar à Câmara Federal para tocar projetos que ficaram para trás com seu afastamento do mundo político. O passivo ambiental no estado é um de seus carros-chefes na proposta de retornar ao cargo de deputado.
Barros garante que o projeto é de grande importância aos produtores do Acre. Da quilometragem que existe de estradas no Acre, o Incra abriu 95%. Essas colônias que foram feitas assentamento, a maioria já foi desmatada em mais de 50%. Precisamos pegar todas essas áreas que já ultrapassaram o limite permitido, que estão sob a tutela do Incra, que ainda não conseguiram fazer sua emancipação”.
Segundo o candidato, são cerca de 30 mil famílias que seriam beneficiadas com o projeto. “Feito isso, zera e eles [produtores] poderão utilizar sua terra para produzir alimento”, afirmou, destacando ser possível entrar num consenso de desenvolvimento e meio ambiente simultaneamente.
Para ele, o grande entrave atual diz respeito aos pseudo-ecologistas, que não apoiam o desenvolvimento, e sim o atraso: “estão à serviço de algo estranho fora do país”, ressaltou. Sérgio Barros acredita que ainda pode fazer muito pelo Acre e seus moradores. “Quero regularizar a situação de quem mora na Amazônia e que vive dela. Hoje, isso é possível com estudo técnico do que pode ou não pode ser feito e onde ser feito”.
O candidato garante querer que sua experiência de trabalho se converta em melhorias ao Acre e seu povo, sobretudo na área da saúde e infraestrutura. “A recepção das pessoas comigo por onde ando tem sido fantástica. Todos estão sendo maravilhosos comigo, pelos municípios”, concluiu.