Uma ação de investigação dos Policiais Civis da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que durou cerca de 22 meses, resultou nas prisões de Juan Correia, de 20 anos, vulgo “Caboco”, Marduqueo Fernandes, de 21 anos, vulgo “Boca”, e Marcileudo Costa, de 27 anos. Eles juntamente com um criminoso que já se encontra preso e outro foragido, são os acusados de matar com mais de 14 tiros, Levi Freitas de Andrade Paulino, de 39 anos, um dos principais coordenadores de campanha do candidato a prefeitura de Rio Branco Minoru Kinpara no ano de 2020. As prisões ocorreram durante a semana no conjunto Aroeira, na região do bairro Calafate, em Rio Branco.
A apresentação dos resultados da investigação e das prisões foi realizada na manhã desta quinta-feira, 11, em coletiva de imprensa na sede da Divisão Especializada em Investigação Criminal (DEIC).
De acordo com o delegado Alcino Júnior, coordenador da DHPP, no dia do crime antes de ser morto, a vitima almoçou e permaneceu conversando com os acusados por mais de uma hora e meia e, em seguida, de forma dissimulada, foi atraída e forçada a entrar no veiculo onde seria levado para um local onde seria mantida em cárcere privado. Durante a ação Levi Freitas reagiu e foi morto com vários disparos de arma de fogo.
“Um dos resultados que a Delegacia de Homicídios vêm explanar aqui para a sociedade, um caso importante no ano de 2020, as vésperas das eleições aqui na capital do Acre, e que no início poderia ir até causar algum tipo de conotação política, e que as investigações apesar da complexidade foi possível demonstrar com o resultado, o desdobramento e desfecho na manhã desta quinta-feira, que na verdade tivemos aí um planejamento para que a vítima, o Levi Freitas, fosse sequestrado e levado pra um outro local pra aí sim houver uma tentativa de extorsão. A investigação acabou acontecendo, foram recebidas imagens, o carro usado no crime foi identificado, um veículo roubado no Conjunto Aroeira na região do Calafate, onde quatro indivíduos se dirigiram até ao bairro Mocinha Magalhães na região da Sapolândia, e ali com o planejamento de uma quinta pessoa que forneceu as armas, passaram um período com a vítima, que na época era coordenador de Campanha do então candidato a prefeitura de Rio Branco, Minoru Kinpara, e de lá tentaram levar o Levi pra um local aonde a vítima seria mantida em cárcere privado. Houve a resistência e acabou ali acontecendo disparos de arma de fogo e acabaram efetuando mais de quatorze tiros na vitima que veio a óbito no local. Na fuga os criminosos se deslocaram até o Aroeira e devolveram as armas de fogo a um integrante que hoje já se encontra preso”, disse o delegado.
O delegado Alcino Júnior relatou ainda durante a coletiva que o crime a princípio seria de contra o patrimônio, uma extorsão que evoluiu para o crime de homicídio.
“Os autores foram presos durante essa semana, tanto o motorista do veículo, quanto o organizador do crime que fez todo o planejamento, e os atiradores também. Temos um foragido ainda, e o caso ele vem a ser esclarecido, como um crime que a princípio que seria contra o patrimônio, extorsão, o Levi era coordenador o núcleo da campanha dentro da região do Rui Lino, Joafra, Mocinha Magalhães e Distrito Industrial, o que levou os criminosos a pensarem que ele poderia ter dinheiro da campanha e levar a um crime de extorsão. Concluiu Alcino.
Todos os presos foram encaminhados a Delegacia especializada e vão responder pelos crimes de homicídio qualificado com emprego de arma de fogo, planejamento e extorsão que iria acontecer.
Os presos estão agora a disposição da Justiça.