O terceiro dia de julgamento de Ícaro José da Silva Pinto e Alan Araújo de Lima – dois acusados de participação na morte de Jonhliane Paiva Sousa em um acidente de trânsito ocorrido em agosto de 2020 – está sendo marcado por discursos fortes nesta quinta-feira, 19. A advogada de defesa da vítima, Gicielle Rodrigues, criticou, veementemente, as estratégias de defesa dos acusados – que tentam desvincular suas participações no crime.
Rodrigues condenou a declaração de Silva Neto, advogado de Ícaro Pinto, onde afirmou que a fatalidade que vitimou Jonhliane foi apenas um acidente de trânsito. “Daqui a pouco vão dizer que a Jonhlliane estava errada por estar na frente do Ícaro”, desabafou.
A advogada disse ainda que o discurso de Ícaro, alegando arrependimento, não é verdadeiro e não passa de tese de defesa. “A pessoa que não muda sua conduta, é um colecionador de traumas. Se ele não foi parado, ele vai matar de novo, que Deus nos proteja, amanhã pode ser eu”, ressaltou.
Sobre o depoimento de Alan Araújo – acusado por se envolver em um racha no dia do crime, a defensora salientou que o réu faltou com a verdade. “Ele disse que não estava na festa, em depoimento na delegacia, e aqui confessou estar. Ele disse que foi mal instruído pelo advogado. Ele [advogado] nem aqui está mais. Como vou dá credibilidade?”, indagou.
Gicielle fez questão de condenar o depoimento da ex-ficante de Ícaro Pinto, Hatsue Tanaka. Na sua opinião, a postura dela foi repugnante. “A Hatsue teve um depoimento repugnante. Ela presenciou o crime e depois quis relaxar, uma noite tranquila. Se fosse eu tinha dado na cara dele, porque uma pessoa de caráter faz isso”, comentou.