A carga tributária brasileira, medida pela arrecadação dos tributos em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), subiu para 33,9% em 2021, ante 31,77% em 2020. Esse é o maior patamar de arrecadação da série histórica, medida desde 2010.
O Tesouro Nacional explica que a redução dos benefícios fiscais, que são reduções de cobranças dos impostos para determinados setores, e também a retomada da economia têm influenciado o crescimento.
A maior fatia dessa carga tributária é de atribuição do governo federal, 22,48%, enquanto estados abocanham 9,09% e municípios 2,33%.
São impostos cobrados sobre o consumo dos brasileiros, somados ao IRPF( Imposto de Renda para Pessoas Físicas), imposto cobrado direto na folha de pagamento dos trabalhadores, que têm alíquota de 27,5% para quem ganha acima de R$4.664,68.
Não vou fazer conta com salários inferiores, uma vez que o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), calcula que deveríamos ter uma renda de pelo menos R$5800,00 para ter acesso mínimo de saúde, moradia, estudo e alimentos, sem fazer graça com dinheiro.
Com tanto imposto, sobra pouco dinheiro para consumir, nos tornando uma sociedade sem muito poder de compra. Essa característica brasileira acaba fazendo com que a indústria de desdobre para oferecer produtos com preços limitados, afetando a qualidade e requinte. Quem não comparou, por exemplo, veículos e motocicletas de uma mesma marca que, os EUA são comercializados com muitos opcionais(completos) e aqui chegando a não ter aparelho de som e rodas de liga leve? Isso se dá pela limitação do nosso poder de compra.
Tanto imposto não é refletido na qualidade do serviço público, na área da saúde por exemplo, 89% dos brasileiro classificam o serviço de saúde como péssimo, ruim ou regular.
Em relação a infraestrutura brasileira, o anuário do CTN(confederação nacional do transporte) de 2018 mostra que somente 12,4% da nossa malha viária é pavimentada. Posso continuar gastando tinta de caneta para falar de segurança, educação, saneamento, mas acho que não é necessário. O brasileiro paga por picanha e come carne de segunda, ou pior, nem come mais carne.