UM ESTADO pobre como o Acre, dependente, quase que exclusivamente de verbas federais, não pode se dar ao luxo de empregar recursos em áreas que não gerem dividendos para a população. É em cima deste princípio, que o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), apresentou na ALEAC um projeto de decreto legislativo, que acaba com o subsídio do estado para o combustível das aeronaves que fazem as linhas nacionais de aviação.
Para Magalhães, foi quebrado o pacto assumido pelas empresas de que, em contrapartida ao benefício, prometeram que reduziriam as tarifas para o Acre, e aumentariam o número de voos e, isso nunca aconteceu. As passagens do Acre para outros estados estão entre as mais caras do país.
Nem internamente, para Cruzeiro do Sul, o preço baixou, reclamou ontem o parlamentar ao BLOG. Sobre as críticas do chefe do gabinete civil, Rômulo Grandidier, ao seu projeto, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), foi irônico: “O Grandidier tem que atuar na defesa dos interesses da população, e não como se fosse o contador da Latam e da GOL”. Na minha opinião, ao caso se aplica o ditado de que a GOL e a LATAM estão fazendo cortesia com chapéu alheio.
BENEFÍCIO ZERO
NÃO consigo também ver nenhum benefício da GOL e da LATAM, nas suas tarifas para o Acre. Paga por um combustível mais baixo, subsidiado pelo governo do estado, e cobra preços escorchantes dos passageiros.
O COLETIVO FALA MAIS ALTO
A DEPUTADA FEDERAL Mara Rocha (PSDB), uma extremista de direita do grupo do presidente Bolsonaro, declarou que, “a decisão de vacinar ou não é única exclusivamente do cidadão”. E, que não pode por isso ser proibido de entrar em recintos públicos. Errado, Dona Mara; acima do direito individual se encontra o interesse coletivo. Pode não querer não se vacinar, mas ninguém tem o direito de colocar em risco a saúde de terceiros.
PEGOU O GOVERNO DE SURPRESA
A REVELAÇÃO de que a secretaria do Meio Ambiente usa uma verba publicitária de 500 mil reais pegou até os ordenadores de despesas da verba oficial da mídia do governo de surpresa. “Acho que só o secretário Israel Milani tem conhecimento dessa verba”, disparou ontem um assessor muito próximo ao governador Gladson.
ATÉ O CHICO DAS COUVES SABE
O VEREADOR N. Lima (PP) tocou ontem num ponto, na sua entrevista ao ac24horas, que já bisei neste BLOG, de que, com este monte de candidatos ao Senado do grupo do Gladson, favorece a volta do Jorge Viana (PT) ao Senado. Até o Chico das Couves sabe disso.
CONTAS ATRAVESSADAS
VEJO muito político, pessoal do governo, fazendo contas como se o presidente Jair Bolsonaro tivesse um mandato por mais quatro anos depois de 2022. Não abriram o olho que está em queda livre. Todas as pesquisas mostram isso. Se o Lula for eleito, a configuração de poder do governo do estado com Brasília mudará completamente.
QUEREM ENTREGAR PARA O JV
DOS cinco candidatos aliados do governo, dois podem até desistir; mas três deles vão para a disputa do Senado. Com mais o candidato do PSOL e o do CIDADANIA, serão cinco candidatos dividindo votos, e o Jorge Viana (PT) como a sexta candidatura, correndo só em raia própria.
MÃO ATADAS
A QUESTÃO é que não há como mudar este cenário, o governador Gladson não tem meios e nem argumentos sólidos para fazer com que, dos cinco candidatos do seu grupo, quatro desistam, para ficar apenas uma candidatura. Vai conviver com isso durante a campanha.
DÁ PARA ARRISCAR
CASO sejam mantidas as candidaturas ao governo do Gladson Cameli, Sérgio Petecão, Jenilson Leite, Mara Rocha, David Hall e Nilson Euclides ou até o Jorge Viana pode entrar nesse bolo; não é demais arriscar que, a eleição ao Governo vai para o segundo turno em 2022.
DESTAQUE ENTRE OS NOVOS
ENTRE os vereadores de primeiro mandato alguns se destacaram; outros começaram com foba e depois bocalizaram; e a única que se manteve fiel como fiscal dos atos municipais, sem recuar; foi a vereadora Michelle Melo (PDT), que é a grande revelação desta legislatura.
NÃO PODE SE ESCONDER
PARTIDO pequeno que quer crescer, não pode ficar como puxadinho de partido grande. O PSOL toma uma decisão acertada quando lança o advogado Sanderson Moura ao Senado e o professor Nilson Euclides para governador. Se tiver que haver composição, tem o segundo turno.
ESTOU FORA
PERGUNTEI ontem a um amigo e ex-deputado federal se não tinha vontade de voltar a ser candidato. Foi pragmático na resposta, ao dizer que: “Com o Fundo Eleitoral cada deputado federal virá com um mínimo de dois milhões de reais em caixa, como vou enfrentar esta turma? Tô fora!”. Foi a sua resposta.
FRASE MARCANTE
“Em política, a comunhão de ódios é quase sempre a base das amizades”. Charles Tocqueville.