Em protesto contra o terceiro final de semana sem visitas de familiares, os presos do Complexo Penitenciário Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, fizeram uma rebelião no local, na manhã deste sábado (04). Segundo informações, os 8 blocos há focos da rebelião, o que fez com que todos os Policiais Penais, incluídos os de folga, fossem convocados ao presídio.
O Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE) e a Polícia Militar já encontram-se na unidade prisional tentando controlar a situação.
Segundo o IAPEN, houve apenas o início de rebelião, que já teria sido controlada. “Foi uma batedeira de grade, mas a PM está no local. Agora a equipe vai fazer uma revista estrutural para verificar se houve dano”, afirmou.
Situação anunciada
De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo ac24horas, que a situação dentro da unidade vive sob um enorme tensão. Os Policiais Penais estão “em greve” pela não aprovação da Lei, que regulamenta a carreira deles.
Visitas e banhos de sol estão suspensos há 3 semanas e, neste período, familiares de presos, fazem constantes manifestações. “A qualquer momento pode dar um grande B.O no presídio, como greve de fome, quebradeira, fuga e outras coisas”, adiantou a fonte.
Os 20 Policiais Penais, que ocupam cargos de confiança no Complexo Penitenciário Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, pediram afastamento das funções no último dia 29 e ainda não foram exonerados pelo governador Gladson Cameli.
O ac24horas apurou ainda que o grupo espera pela exoneração sem desempenhar as atividades para as quais são designados. “Sair sem ser exonerado dá abandono de função e eles podem responder administrativamente. Mas o serviço dentro do presídio está quase todo parado, sem banho de sol dos detentos”.
Os 20 agentes penais pediram exoneração por meio de uma Nota/Carta enviada ao governador Gladson Cameli e à imprensa na segunda-feira (29). Os diretores não deixaram as funções.
O motivo dos pedidos é a não aprovação da Lei, que cria o cargo de Policial Penal. Eles querem ganhar igual aos Policiais Civis, absorção das gratificações ao vencimento básico e administrar os presídios.
“Estamos entregando os cargos em razão da não aceitação convicta e clara da forma com que o governador do Estado, Gladson Cameli, bem como a pessoa do Diretor Presidente Arlenilson Cunha vêm se portando, de forma contrária às nossas reivindicações, tentando de todas as formas fazer cessar o movimento. Movimento este que se dá de forma pacífica e ordeira, e principalmente dentro da lei”, afirmou um dos policiais.