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Gladson Cameli, exclusivo: “ninguém vai me impor mais vice”

FOI UMA CONVERSA ABERTA, sem pauta definida, sem censura – e não poderia ser diferente – a conversa que tive no início da semana com o governador Gladson Cameli. Foi uma entrevista que deixou ao largo as suas conquistas, como estar se saindo bem nas medidas de combate à pandemia, estar com os salários dos servidores em dias, os investimentos na Segurança, para focarmos diretamente na política. Falamos sobre seus planos para 2022, as brigas com o seu vice Major Rocha, o inusitado apoio à prefeita Socorro Neri (PSB); que foi adversária em sua campanha, a relações que pretende ter com o prefeito eleito Tião Bocalom, sua candidatura para a reeleição, como pensa montar sua base política, enfim, foi um jogo aberto sobre estes e outros assuntos. O teor da entrevista exclusiva, segue abaixo:


FILIAÇÃO PARTIDÁRIA – Vou estar no PP. Eu me afastei do do partido, não porque eu tivesse nada contra o Tião Bocalom, mas pela forma como se deu o anúncio da candidatura, numa entrevista na casa do senador Sérgio Petecão (PSD), sem me consultarem, e sem analisarem uma outra opção que apresentei para disputar a prefeitura de Rio Branco, o deputado Ney Amorim. Foi como dizer que não me queriam na campanha. Como os meus aliados da campanha do governo, cada um já tinha um candidato a prefeito da capital, eu tinha o direito de fazer uma opção, e fiz pelo apoio a prefeita Socorro Neri (PSB). Sobre convidar a Socorro para integrar o governo, nunca conversamos sobre isso.


ALIANÇA COM A SOCORRO NERI – A aliança aconteceu porque vi nela uma boa gestora, e achava que o trabalho que estávamos tendo no combate á pandemia poderia se estender para uma parceria com ela na prefeitura e eu, no governo. Sei que isso me trouxe desgaste na minha base, mas era a opção que tinha no momento. Não ganhou a eleição, mas não foi por falta de empenho. Foi uma decisão da população. Poderia ter tido outro desfecho se ela tivesse aceitado o meu convite para ser a candidata a prefeita pelo PP. Se tivesse aceitado, o quadro de alianças seria outro. Mas, respeitei a sua opinião de ficar no PSB. Que convidei, convidei!


SOBRE ALIANÇA COM O PSB – Foi uma aliança de momento, foi apenas na eleição municipal. Pretendo recompor a minha base original de aliados. Vou chamar todo mundo para conversar. O primeiro que vou procurar para uma conversa será o Flaviano Melo, quero o MDB do meu lado. Não tenho problema de conversar com os que não me acompanharam na eleição municipal. Eu não tinha outra escapatória, todo mundo já tinha o seu candidato. Ninguém pode ficar com raiva de mim. Foi um direito meu.


RELAÇÕES COM O VICE ROCHA – Não digo que desta água não beberei. Minha conversa com ele é institucional. Respeito ele como vice-governador eleito, mas não vou lhe dar de novo a Secretaria de Segurança para ser o comandante, como era no início de governo. Vou continuar com o secretário de Segurança, Paulo César, que faz um bom trabalho. O Rocha está fora do governo. Não existe nenhum plano para tudo voltar como era antes. Não vou lhe dar de novo toda a Segurança com metade do orçamento da Comunicação. Quero montar um time ao meu lado, não um grupo. Eu até hoje não sei o motivo deste rompimento, quero até saber, porque cumpri com tudo o que foi acertado na campanha.


SOBRE O PSDB E A MARA ROCHA – Posso conversar com o PSDB, mas não penso em ter nenhuma conversa com a deputada federal Mara Rocha (PSDB). Está bom como está, ela lá; e eu aqui. Com o professor Minoru Kinpara (PSDB), conversei com ele na campanha, gostei da conversa, e pretendo conversar novamente. Não acho possível ter um diálogo com ela, a Mara é muito complicada. Deixa para lá….



ESCOLHA DO VICE – Já errei uma vez ao aceitar que outros escolhessem o meu vice. Quem vai escolher agora o vice na minha chapa da reeleição sou eu. Não vou aceitar mais palpite de partido, e o nome pode ser de alguém que nem esteja filiado a um partido. Será alguém em quem eu possa confiar plenamente. Quem venha para me ajudar a governar.


SENADOR SÉRGIO PETECÃO – Vou lhe procurar para termos uma conversa aberta, quero ele ao meu lado em 2022; mas vou respeitar, caso queira disputar o governo, neste caso vamos bater chapa.


REELEIÇÃO – Com fé em Deus e pé no chão vou ser governador por mais quatro anos depois deste mandato. Sou candidatíssimo ao governo. Não penso em disputar o Senado.


PARTIDOS POLÍTICOS – Vou reunir numa mesa todos os presidentes, os parlamentares, para termos uma conversa franca, preciso saber quem vai me acompanhar na reeleição e quem não vai. Quem não quiser me apoiar, não tem problema. O governo vai deixar de ser um grupo político para ser um time, volto dizer. Quero resultado dos secretários. A partir de 1ºde janeiro começa um novo governo. O povo me elegeu para trabalhar, e não é um trabalho individual, tem que ser com todos os secretários e aliados políticos.


GABINETE CIVIL E COMUNICAÇÃO – O Ribamar só sairá do  Gabinete Civil se for para o TCE. E nunca pensei em tirar a Silvânia da Comunicação, mesmo que ela peça para sair, eu não deixo. A Silvânia é a minha Primeira-ministra.



VACINA, DÓRIA, BOLSONARO – Não vou me meter nesta briga do presidente Bolsonaro com o Dória. A minha briga será para trazer o mais rápido possível a vacina contra a Covid para vacinar os acreanos. Não quero saber de briga.


ESPAÇOS MAL DISTRIBUÍDOS NO GOVERNO – Vou corrigir o fato de um partido sem muita representação ter espaço maior no governo de quem tem. Não posso deixar o senador Márcio Bittar (MDB), uma pessoa que tem me ajudado muito, que é o Relator do Orçamento da União, de fora do governo, ele terá que ter um bom espaço. A mesma coisa acontece com o MDB, vou falar com o Flaviano Melo sobre a participação do MDB. Não quero que depois venham me dizer que não procurei ninguém. Vou procurar reconstruir as pontes que foram quebradas na campanha. Só não repetirei é o fatiamento do governo como se encontra. Quem vier para o governo, que começará em janeiro, será para me ajudar, para trabalhar.


BASE TEM DE DEFENDER– O que não vou mais aceitar é deputado da minha base política na Assembléia Legislativa ter cargo no governo, e não defender o governo na tribuna, como vem acontecendo, quando sofro ataques da oposição. Não tenho que me queixar do deputado Géhlen Diniz (PP), que tem sido um grande líder do governo, eu ainda vou tentar lhe convencer a ficar até o fim do meu governo na função. Mas, dos demais não vou aceitar não haver uma defesa conjunta do governo.


CADASTRO DE RESERVA DA PM – Está certo que, eu vou baixar o ato de nomeação para fevereiro. O governo contrata mais policiais militares, mas o que se vê é boa parte do contingente da PM á disposição de autoridades. Já mandei um projeto para a Assembléia para fazer a redução, os deputados têm que resolver isso.


TIÃO BOCALOM – Estou com uma relação muito boa com ele. Vou fazer parceria com o Bocalom e os demais prefeitos. Só não posso é exigir que me apoie na reeleição se eu não estava no seu lado na eleição para prefeito de Rio Branco. Estamos tendo uma relação institucional que considero como muito próxima. Estou gostando e vamos continuar assim. Sobre o DEPASA, lhe aconselhei a desistir da idéia de levar o órgão para a prefeitura, é muito gasto, seria uma loucura.


PRIMEIRA-DAMA – A Ana Paula não será candidata a nada. Ela tem me ajudado muito, não adiantar forçar ela a fazer o que não quer. Ela não é candidata a deputada federal, é candidata a cuidar a cada dia melhor de mim. Risossss.


 


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