“O que passa pela cabeça deste moço?”. Foi a pergunta que fez ontem ao BLOG DO CRICA o presidente do MDB, Flaviano Melo, referindo-se ao governador Gladson Cameli (foto), ao saber da demissão do dirigente do partido no Jordão, o ex-prefeito Esperidião Junior. Na avaliação do Flaviano, as demissões de indicados pelo partido em Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, e agora no Jordão é uma decisão unilateral de rompimento do governador. “Vamos deixar passar a pandemia do coronavírus , reunir o partido e nos posicionarmos oficialmente. Não vamos fazer este rompimento oficial agora para não lhe transformar em vítima”, destacou Flaviano ontem ao BLOG. Mas dentro do partido o afastamento está sacramentado. A briga governo x MDB começou por Cruzeiro do Sul, quando na calada da noite, sem nenhuma consulta, o ex-prefeito Vagner Sales (MDB) e o vice-governador Major Rocha (PSDB), fizeram uma aliança política para disputar a prefeitura do município, deixando o grupo do governador Gladson de fora. A reação veio com as demissões de todos os ocupantes de cargos no governo indicados pelo MDB naquele município. Em seguida vieram as demissões em Mâncio Lima, e agora no Jordão. O que dá para deduzir é que o governador quer se ver logo livre do MDB, que tem projeto próprio para 2022 para o Governo e Senado.
PROCURAR O DUARTE
Não conseguimos contato com o governador Gladson para falar do assunto. O máximo que se conseguiu a respeito do fato foi uma resposta irônica de um assessor palaciano: ”eles procurem emprego com Roberto Duarte”, alusão às críticas do deputa ao governo na ALEAC.
COLABOROU MUITO
Acompanho de perto o que acontece nos bastidores da política com boas fontes. A conclusão a que o BLOG chegou nesta briga é que, ninguém tira da cabeça da cúpula do governo de que os ataques do Duarte ao Cameli têm o incentivo da direção do MDB e de um empresário da comunicação. O que sinto é ser questão de honra do governo lhe derrotar para a PMRB.
PONTO QUE NÃO SE ESCONDE
De um ponto a cúpula do MDB não pode escamotear do debate político da disputa da prefeitura de Rio Branco: o deputado Roberto Duarte (MDB) é o maior crítico do governador na ALEAC, superando inclusive em agressividades os parlamentares eleitos pela oposição.
PELA CABEÇA DE NINGUÉM
E também não dá para escamotear que o deputado Roberto Duarte (MDB) tem carta aberta da direção regional do seu partido para manter a sua postura de crítico feroz do Gladson.
VÃO BRINCANDO
Para os que defendem que o governo libere todas as atividades comerciais é bom olhar os novos números divulgados pela SESACRE, que mostram o crescimento alto de contaminação pelo Covid-19. Chegam a 553 os infectados e 22 mortos. Abrir tudo agora seria um crime.
PENSAMENTO MAJORITÁRIO
É majoritário dentro do governo o pensamento de privatizar o SAERB. É questão de tempo.
ELEIÇÕES EM DEZEMBRO
Não há nada de oficial, mas se começa a ler declarações de ministros do TSE e STF defendendo a transferência da eleição municipal para dezembro, por conta da pandemia do Covid-19.
ADVERSÁRIA PODEROSA
Dezembro não é uma boa data para os prefeitos que vão disputar a reeleição. No inverno as ruas não beneficiadas viram um lamaçal e os ramais nesta época estarão intrafegáveis, virando um prato cheio para as críticas da oposição. A chuva vira uma adversária poderosa.
RESPOSTA Á JÉSSICA
A criação pelo governo Gladson de um Portal de Transparência explicitando os gastos dos recursos enviados pelo governo federal para o combate ao Covid-19, não deixou de ser uma resposta rápida às críticas da deputada federal Jéssica Sales (MDB) de falta de transparência.
PORTAL PARA TODOS
O MPF deveria recomendar que todas as prefeituras também criem os seus portais para uma prestação de contas públicas dos recursos do Covid-19, que vieram e os que estão por vir.
NÃO PODE SE REPETIR
As cenas vistas esta semana na Caixa Econômica Federal com filas imensas sem obedecer a um critério de distância, se transformando num vetor de contaminação pelo coronavírus não podem se repetir. Não adianta o isolamento com as cenas referidas. O governo tem de agir.
PEDEDERAM A NOÇÃO
Alguns críticos do isolamento costumam citar como exemplo de que se pode combater o Covid-19 com tudo funcionando, países orientais como Japão, Coréia do Sul e etc. Comparação maluca. O brasileiro tem a cultura da indisciplina; e os orientais, o da disciplina rígida.
EDUCAÇÃO É OUTRA
Nos citados países o cidadão nem ousa a jogar um papel de bombom, uma bagana de cigarro no chão, porque sabe que receberá multas pesadas. Culturalmente estão décadas na nossa frente. Lá se investe realmente em educação. A nossa cultura é do carnaval e futebol.
SERIA UM DESASTRE
O Gladson está jogando certinho na sucessão municipal em não se manifestar de forma oficial quem vai apoiar e de esperar como virão os nomes que lhe são simpáticos nas pesquisas. Não pode correr o risco de apoiar um nome para prefeito e este perder. Seria ruim à sua imagem.
SIBÁ SE SUPEROU
O ex-deputado federal Sibá Machado (PT) a cada entrevista se supera. Colocou agora na cabeça que o ex-ministro Sérgio Moro está sendo preparado pela CIA e o MOSSAD (serviço secreto de Israel) junto com a GLOBO, para ser o próximo presidente do Brasil.
ADVERSÁRIOS FORTES
Mas o Sibá não corre solto na área de conspirações de bobagens. Do lado do presidente Bolsonaro tem gente que difunde ser a terra plana e que o Covid-19 é um plano comunista para enfraquecer mundo, criando uma era para implantar o comunismo mundial.
FATOS DISTINTOS
Os profissionais da saúde que estão direto no combate ao coronavírus são mais que merecedores da gratificação por insalubridade aumentada, mas é uma incoerência se querer que o governo dê insalubridade a setores burocráticos da SESACRE não amparados em lei.
JUSTA RAZÃO
Os deputados de oposição, os eleitos para ser oposição e os não eleitos, têm a mais justa das razões em pipocarem críticas ao líder do governo, deputado Géhlen Diniz (PROGRESSISTAS). É que o Géhlen bate de frente e é uma pedra aos seus interesses políticos nos debates na ALEAC.
CEREJA DO BOLO
Marfisa Galvão é vista sempre como a cereja do bolo dos candidatos a prefeitos pelo grupo que elegeu o Gladson Cameli, para a ser a vice em suas chapas. Sabem que com a Marfisa iria o grupo forte do senador Sérgio Petecão (PSD), o mais votado do Estado na última eleição.
NOMES DO JOGO
Socorro Neri, Ney Amorim, José Bestene e Tião Bocalom são as cartas que estão na mesa do governador para um ser escolhido e ter o seu apoio na disputa da prefeitura da capital.
PM ATUANTE
De janeiro à março a PM recuperou 240 veículos roubados, apreendeu 166 armas e fez 746 apreensões de drogas. E 90386 abordagens. Mostra um avanço contra o crime e que os nossos policiais militares estão atuantes mesmo com a pandemia.
BASE SÓLIDA
O governo continua com uma base sólida e aprovando todas as matérias que envia à ALEAC. Matematicamente não precisa dos votos da oposição e dos “independentes”. E no parlamento, o grito não decide nada, o que decide é ter os votos majoritários na casa.
NÃO VAI DAR EM NADA
Ao não ser que o ex-ministro Sérgio Moro tenha alguma coisa cabeluda contra o presidente Jair Bolsonaro, essa briga jurídica entre ambos não dará em absolutamente em nada.
GOVERNO É GOVERNO
Ao atrair os parlamentares do fisiológico “centrão” o presidente Jair Bolsonaro caiu na real de que, não poderia ficar governando sem o parlamento e acumulando uma série de derrotas.
DIREITA REPRESENTADA
A direita e o bolsonarismo têm uma candidata idealista à Câmara Municipal de Rio Branco, Rila Freze. É sempre bom ver mulheres qualificadas disputando mandatos na política. Não interessa o viés ideológico, mas que o político seja competente. O resto é perfumaria.
EM TODOS OS PARTIDOS
Assim como conheço bons políticos em todos os partidos, eu conheço também muitas tranqueiras. Não é a sigla que deve servir de regra para se medir a competência de um político.
NÃO VOLTA ATRÁS
O PSDB não voltará atrás na sua aliança com o MDB em Cruzeiro do Sul. É o que têm dito dirigentes do PSDB, quando sondados quanto a esta possibilidade. Recuo é zero.
FRASE MARCANTE
“Olho por olho e o mundo acabará cego”. Mahatma Gandhi. Pacifista indiano