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A era de ouro dos cabos eleitorais

Os últimos anos da década de 1960 e a década de 70 foram a “era de ouro” dos cabos- eleitorais nas campanhas na capital. Existia o que se denominava de “curral-eleitoral” – que na verdade era uma forma de compensar o eleitor mais pobre, principalmente, o que vinha da zona rural, pelos votos. Chamava-se “curral” porque funcionava em cercados construídos para existir apenas no dia da eleição, onde dentro era feito churrasco, arroz e farofa para dar aos eleitores após votarem. Só entravam no cercado os eleitores do partido, que como a cidade era menor todos eram conhecidos.  Pelo lado da oposição, o mais famoso era o do Duca Montenegro, fã do deputado federal Geraldo Fleming (MDB), que se gabava de ser o “cabo-eleitoral pai dos pobres”. O seu “curral”, mais modesto, ficava no São Francisco, para onde ia o eleitorado do MDB. O outro “curral” funcionava onde é hoje o campo de futebol do Vasco da Gama e era comandado pelo Martins Bruzugu, que sempre corrigia os que o chamavam de “cabo-eleitoral”. Replicava que “cabo-eleitoral” era o Duca, ele era “cientista político”. Ambos travavam uma disputa que sempre servia de comentários nas colunas políticas. “O Bruzugu é o cabo-eleitoral dos ricos, eu sou o dos pobres”, dizia o Duca Montenegro, um negro simpático de quase 2 metros de altura. O Martin era dono de uma conversa aprumada, um mulato jeitoso, com acessos livres aos gabinetes de prefeitos e governadores, seu “curral-eleitoral” era mais farto, nunca matava menos de três bois, porque além de comer os eleitores do seu lado, ganhavam dois quilos de carne para levar. O Bruzugu sempre esteve ligado ás elites do poder, à ARENA e depois o PDS. Homem de muitas histórias! Na verdade, um grande bonachão, que sabia como cativar votos. Eleição naquela época era uma festa. Como jornalista tive o prazer de ser amigo do Duca Montenegro e do Martins Bruzugu, duas figuras que não podem deixar de serem lembradas no folclore político do Acre. Na foto, o Manoel Mesquita, emedebista, depois deputado, com o Martins, com a mão no seu ombro. Ambos já partiram para outro plano. E eu, na foto, de olho na farta mesa do “curral”, só ouvindo os papos dos dois amigos. Do governo Wanderlei Dantas até hoje fui testemunha de muitas passagens políticas, algumas irreveláveis. Bons tempos! Tempos da política romântica. Hoje os tempos são da fria rede social. (Foto enviada pelo amigo Tião Bruzugu, filho do Martins). 


COMO A BALSA DE MANACAPURU
Como a Balsa de Manacapuru, os currais-eleitorais entraram para nosso folclore político.


GOLPE NA POPULARIDADE
Comentei que o presidente Bolsonaro demitiu o então ministro Henrique Mandetta num momento impróprio, foi como trocar o comandante de um avião em meio de uma tempestade. A pesquisa do DATA-FOLHA de ontem veio confirmar: 64% dos entrevistados reprovaram a demissão. Só 25% a favor do Bolsonaro. Foi um golpe na sua popularidade.


PIOR DOS CENÁRIOS
Na política, o pior dos cenários é quando por uma ação se transforma o adversário em vítima.


ESCOLHA NADA FELIZ
Comenta-se que, o prefeito Ilderlei Cordeiro pretende trabalhar para fazer do seu tio Rudiley Estrela o candidato à sua sucessão. Até faria sentido se o Ilderlei estivesse vivendo seu melhor momento político, o que não acontece. Uma candidatura do Rudiley teria sérias dificuldades.


APOIO ZERO
Fui checar ontem com uma figura do andar de cima do governo, como seria vista uma candidatura do Rudiley Estrela a prefeito de Cruzeiro do Sul. A resposta foi pragmática: “a chance de apoio do Gladson seria zero”. É bom o Ilderlei ir pensando em nova alternativa.


REI DAS CASCAS DE BANANA
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) é visto no governo como o “Rei das Cascas de Banana”, e que todos os seus projetos são voltados para colocar de forma diplomática o governador contra a parede. O Magalhães de fato tem conversa para derrubar avião.


JOGO DURO
A oposição se queixa da falta de diplomacia do líder do governo, deputado Géhlen Diniz (PCdoB), mas para enfrentar deputados sagazes como Edvaldo Magalhães (PCdoB), Daniel Zen (PT), Jenilson Lopes (PSB) e o virulento deputado Roberto Duarte (MDB), o sistema tem de ser bruto.


PONDERAÇÃO
Pelos empresários, mesmo com a crise do Covid-19 e a alta contaminação, todas as atividades comerciais estariam funcionando no Estado. Ainda bem que o governo e o MP têm optado em seguir a ciência, a favor do isolamento social. Não fosse isso, o Covid-19 estaria incontrolável.


NÃO PODERIA SER OUTRO
O papel do governo não poderia ser outro no momento em que aumentaram e muito os níveis de contaminação pelo Covid-19, ao não ser reeditar o Decreto mantendo o isolamento social ainda mais duro. Em supermercado agora só pode se entrar se usar máscara e sem aglomerar.


GRANDE ARTICULADOR
O deputado José Bestene (PROGRESSISTAS) e a presidente e senadora Mailza Gomes (PROGRESSISTAS) foram vozes sempre ativas na defesa da candidatura própria à PMRB.


FOI COMO UMA MURALHA
O deputado José Bestene (PROGRESSISTAS) foi como uma muralha impeditiva a que o seu partido viesse a indicar o vice do candidato a prefeito do PSDB, professor Minoru Kinpara.


CANDIDATURA ORGANIZADA
Quem está com uma candidatura organizada em Senador Guiomard é a Rosana Gomes (PROGRESSISTAS), com uma chapa forte de candidatos a vereador e ancorada na força do grupo do ex-prefeito James Gomes, da senadora Mailza, senador Petecão, e do governador.


NUNCA OUVI NADA
Considero ser um jornalista bem informado. Converso com os mais variados segmentos políticos e de outras áreas sociais e nunca ouvir uma voz que levantasse a mínima suspeição da honestidade do secretário de Educação, Mauro Sérgio, mas sempre elogios ao seu caráter.


NENHUM INTERESSE
Não tenho nenhum interesse pessoal em fazer o comentário, porque nunca troquei uma palavra com o secretário Mauro Sérgio, mas o faço para registrar o que ouço num momento de tentativas de sua queimação. Acho que não faria nenhum sentido em ele entregar o cargo.


MAIOR FACILIDADE
Com o fato do PT tendo apenas com mandato o vereador Rodrigo Forneck (PT) disputando a reeleição, ficou mais fácil para o partido montar uma chapa completa para a Câmara Municipal de Rio Branco. É o maior erro estratégico ter uma chapa com vários vereadores na disputa.


NÃO EXISTE HIPÓTESE
É voz corrente dentro da cúpula do PT de que, o partido, pelo seu tamanho, pelo seu legado, se não conseguir alianças; ainda que em carreira- solo, ele terá de ter candidato próprio para a PMRB. Até para dar palanque aos seus candidatos a vereador em Rio Branco.


DECISÃO FINAL
Quando costumo ser cauteloso quando se trata de processos judiciais é para não cometer a injustiça de fazer pré-julgamento. Essa absolvição do prefeito Marcus Alexandre em processo por acusação de corrupção é um exemplo, porque, ele chegou a ser execrado como “ladrão”.


RECÍPROCA NÃO É VERDADEIRA
Mas o Marcus Alexandre, mesmo não sendo a sua prática, não pode reclamar de sua execração ao longo da campanha por um crime que não cometeu, porque líderes do seu partido, o PT, sempre foram useiros em usar a imprensa para destruir reputações de adversários. Em acompanhei de perto a campanha de destruição da imagem do Orleir Cameli.


TODOS CONTRA TODOS
A eleição deste ano não será PT x Oposição, mas todos contra todos. Acabou a polarização.


POINT DO PATO É DELIVERY
O mais tradicional restaurante de comidas regionais, o “Point do Pato,” iniciou o seu atendimento por encomenda. Faça o seu pedido pelos telefones 99246-6692 ou 99938-3414, no horário das 18h30 ás 23h00, e receba no conforto do seu lar. Bom apetite!


NOMES COMENTADOS
Os nomes mais comentados para ser o vice do candidato a prefeito da capital pelo PSL, Fernando Zamora, são os do jornalista Rogério Venceslau e da empresária Samia Dumonte.


CONTINUEM BRINCANDO
Continuem brincando de mandar a saúde da população ás favas e forçar para reabrir tudo, porque já são 135 casos confirmados de contaminados pelo Covid-19 e  cinco mortes.


 FRASE MARCANTE
“um banqueiro é um sujeito que nos empresta um guarda-chuva quando faz sol e exige-o de volta quando começa a chover”. Mark Twain.


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