Quando se fala da presença feminina na política acreana não pode se esquecer da médica Laélia Alcântara, primeira negra ao chegar ao Senado, pelo Acre. Depois dela tivemos a Marina Silva (REDE), que além de senadora foi ministra do Meio-Ambiente no governo Lula, a Regina Lino, vice do então prefeito Jorge Viana , Maria Lúcia, deputada federal cassada pela ditadura militar e a figura de alguém que veio lá das barrancas de Manuel Urbano, para se tornar a primeira mulher a governar o Acre: Iolanda Lima Fleming. Todas são exemplos de incentivo para que cada vez mais as mulheres tentem chegar ao Parlamento ou ao Executivo. E exemplos também na seriedade do trato da coisa pública. Não se conhece delas um escândalo financeiro. Deveriam servir de guia da nova geração de políticas. Iolanda Lima (foto) foi uma política que entrou de mãos limpas e saiu de mãos limpas do governo, algo raro e que não deve ser esquecido. Quando vejo nesta campanha aumentar o número de mulheres tentando um mandato é de regozijar, afinal, elas são maioria do eleitorado e merecem estar presente em grande número nas casas legislativas. Abram alas, as mulheres pedem passagem.
HUMOR FERINO
O melhor e decano dos chargistas acreanos, o Dim, grafou a seguinte frase, no Face, usando aquele humor ferino que conhecemos de suas charges: “Parece que o Lula Livre, aqui no Acre, perdeu para a Marcha para Jesus da Antonia Lúcia..Só foi o Pelézinho da Baixada e o Idésio”.
ADVOGADO DOS EMPRESÁRIOS
Os empresários dos transportes coletivos não fariam melhor que o presidente do RBtrans, Gabriel Forneck, na defesa da causa do aumento das passagens. Foi munido até com gráficos visuais para defender o reajuste. Agiu como se fosse o patrono dos donos de ônibus.
EM MOMENTO ALGUM
Mas em momento algum se ouviu em sua fala que a frota de veículos presta um péssimo atendimento à população, não há pontualidade, mas no seu norte só esteve o aumento.
CÚPULA PRESA
A cúpula da república petista no governo Lula está presa. O próprio Lula, o ex-Ministro da Fazenda, Palocci, e o então chefe de Gabinete Civil, Zé Dirceu. Pelo visto, Dirceu foi abandonado pelos companheiros, nenhuma manifestação de apoio, nesta volta à prisão.
JURIDICAMENTE DIFÍCIL
Os filhos do ex-governador Orleir Cameli têm razão de se indignar com os ataques ao governo do pai, porque está morto e 20 anos se passaram desde que deixou o poder. Mas acho que, juridicamente, será difícil conseguir uma condenação do deputado Daniel Zen (PT), por causa das suas críticas, porque estas foram feitas a fatos e não à honra do ex-governador Orleir.
ESTARIA SOLTO
Se os gritos de “Lula Livre” tivessem alguma força jurídica, o ex-presidente seria solto, mas servem apenas para marcar posição. Não se fez outra coisa no ato do PT que soltar o brado.
ESTRATÉGIA PETISTA
É uma estratégia apenas de lealdade ao companheiro preso, sabem que por ser ficha suja, Lula não poderá ser candidato á presidência, mesmo que preso não estivesse. É fato consumado.
EQUÍVOCO GRANDE
Em eleição majoritária o ganhador não é aquele que mais tenta desqualificar o outro. O mais recente exemplo foi o que aconteceu com a derrota da candidata ao Senado, Perpétua Almeida (PCdoB), que passou o horário eleitoral atacando os adversários e foi derrotada.
TODOS BICHADOS
A política brasileira está tão no fundo de poço de credibilidade que nenhum partido pode ficar apontando o dedo para o outro, porque as prisões do Lava Jato estão cheias de correligionários. Esta é uma eleição em que o povo vai votar em quem tiver descolado de escândalos. Principalmente, isso vai valer, para as chamadas candidaturas majoritárias.
CPI DAS PASSAGENS
O deputado Eber Machado (PDT) vai propor assim que o novo reajuste do preço das passagens de ônibus for sancionado, uma “CPI das Passagens”, para uma análise independente, sem pressão do empresariado. Serão chamados técnicos para opinarem sobre as planilhas.
TEM QUE SER ESMIUÇADO
Este é um assunto que tem mesmo de ser esmiuçado, pois, mexe com milhares de bolsos.
NASCE VIÇOSA
A candidatura a deputada federal da Mara Rocha (PSDB) nasce viçosa. Terá todo o PSDB pedindo votos para ela e o natural empurrão do irmão, deputado federal Major Rocha (PSDB), que estará na eleição como candidato a vice-governador na chapa do Gladson Cameli (PP).
CHAPA DA OPOSIÇÃO A FEDERAL
Flaviano Melo (MDB), Vanda Denir (SOLIDARIEDADE), Charlene Lima (PTB), Carlos Beirute (MDB), Alan Rick (DEM), Marivaldo Melo (PSD), Rudiley Estrela (PP), Rosana Nascimento (PPS), Junior Paris-Dakar (PP), Jéssica Sales (MDB), Nelson Sales (PP), Mara Rocha (PSDB) e Jamil Asfury (SOLIDARIEDADE). É uma chapa muito forte, onde não há lugar para amadorismo.
NÃO VEJO POR ESTE ÂNGULO
Discordo do ex-prefeito Tião Bocalom (PATRIOTAS) de que a vinda do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) ao Acre será o divisor de águas que levará a candidatura do Coronel Ulisses Araújo (PSL) para a cabeça na disputa do governo. Esta colagem não acontece de forma automática. Não necessariamente, quem for votar no Bolsonaro votará no Ulisses. É ficção.
EMPATIA COM O NOME
A única maneira do Coronel Ulisses Araújo (PSL) conseguir levar o seu nome para a polarização na disputa do governo é arrebanhar a empatia do eleitorado, convencer o eleitor de que é de fato a mudança, que o seu programa econômico vai gerar emprego e renda. É o caminho.
MEADO DE JULHO
As pesquisas de opinião pública que saíram até aqui são meros números palpiteiros, por ser cedo há apenas a manifestação de votos, diferente da consolidação. A pesquisa que dará um norte mais seguro sobre o quadro do governo será a do final de julho em diante, com a campanha no fervor. Por enquanto, nenhum dos candidatos pôs todo o bloco na rua.
MELHOR DO QUE ESTAVA
Não diria ser a última bolacha do pacote, mas que a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem, dentro dos limites desta crise econômica pela qual passam as prefeituras, deu novos ares à área urbana, tirou aquele visual de cidade fantasma abandonada, é inegável. Tem muito a fazer, mas está no caminho certo. Acusações da oposição, mesmo marola, são normais na política.
FALTA DO ALDEMIR
A campanha política deixou ainda mais transparente a falta que faz o ex-prefeito Aldemir Lopes ao MDB de Brasiléia, impedido por problemas jurídicos de estar à frente da eleição. Depois da sua saída de cena a oposição não conseguiu encontrar alguém com seu potencial.
REI MORTO, REI POSTO
Quando se está fora do poder muitos dos que estavam ao seu lado tomam outro rumo. É o que está ocorrendo em Cruzeiro do Sul com o MDB, onde dois vereadores, o Marivan e a Lucila, deixaram o partido para serem candidatos deputado estadual pelo PP. Eram aliados do ex-prefeito Vagner Sales (MDB). É aquela velha história do Rei morto, Rei posto.
NÃO RESPEITA ALIADOS
Um perfil do ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, me foi traçado por uma figura política que já fez muitas campanhas ao seu lado: “o seu problema é que na política ele não tem respeito pelos aliados, acha que resolve tudo no grito, e faz política familiar”.
TERÁ QUE MUDAR
Faço até um adendo ao comentário: o Vagner Sales não assimilou não ser mais prefeito.
OUTRO FATOR
Outro fator que pesa negativamente contra o ex-prefeito Vagner Sales (MDB) é pensar que, por ser uma das maiores lideranças políticas do Juruá, achar que isso acontece no macro da oposição. O seu prestígio termina quando se encerram as fronteiras do Juruá, não entende isso.
CHAPA PRÓPRIA
A coligação PSL-PATRIOTAS tem nomes para deputado estadual como o ex-vereador Roger e deputado Wendi Lima e deve entrar na disputa com um mínimo de 35 candidaturas.
NÃO ESTÁ SACRAMENTADO
O ex-prefeito Tião Bocalon (PATRIOTAS) fez uma postagem para explicar que o empresário Fernando Lage apenas colocou o seu nome como pré-candidato a vice na chapa do Coronel Ulisses Araújo (PSL), mas o martelo não foi batido. Fica feito o devido registro.
DUAS BELAS ESTULTICES
Duas belas tolices estão se cristalizando e devem ser a tônica da campanha majoritária para o governo acreano: um delas, ditada pelos petistas, de querer achar que a baixa popularidade do presidente Temer pode trazer prejuízos eleitorais para a oposição e seus candidatos a governador. Santa estultice! A outra são os políticos da oposição imaginar que, a prisão do Lula pode ser decisiva para a derrota da candidatura petista ao governo. Outra estultice! O eleitor vai escolher o seu candidato a governador com base nos problemas paroquiais e não nos nacionais. Como será julgado o atual governo do PT? Isso sim estará em xeque, no centro das discussões. Vai escolher com o que mais simpatizar na campanha, o que passar mais segurança. No popular, o que virar moda. O Resto é mero delírio. Firulas de marqueteiros.