A nossa Câmara dos Deputados jamais. poderia ter agido tão irresponsavelmente.
Por se tratar de três bolsonaristas, os deputados federais Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Alexandre Ramagem continuam no exercício dos seus mandatos e isto como consequência da decisão majoritária dos integrantes da nossa Câmara dos Deputados e por incrível que pareça, os mesmos se encontram no exercício dos seus mandatos, embora se encontrem ausentes no nosso próprio país.
E como isto foi possível? Resposta: porque num país politicamente radicalizado tudo poderá acontecer, até mesmo o aparentemente impossível. Filosoficamente falando-se: a razão precisa derivar de certas medidas e de determinados cálculos, até porque, a razão é a faculdade humana de pensar de forma ordenada, lógica e estruturada, de sorte a permitir a formulação de conceitos, em especial, entre o verdadeiro e o falso, e por fim, na produção de conhecimentos.
Igualmente inaceitável seria se um parlamentar do polo lulista, ausente do nosso país mantivesse o seu mandato. Nada mais vergonhoso, constrangedor e humilhante para o nosso país do que estarmos assistindo determinados parlamentares se manterem no mandato, se os mesmos já tenham sido julgados e condenados pela nossa suprema corte de justiça.
Oportunamente pergunto: se um servidor público ou privado se ausentar das suas funções, ou mais precisamente, do seu posto de trabalho, por meses a fio, quais seriam as consequências? Respondam-me.
Das duas uma: ou o nosso país sai da encrencada em que se meteu ou coisas piores ainda virão. Falando-se em coisas piores, uma delas encontra-se em curso, no caso, uma clara disputa entre o nosso poder legislativo e o nosso poder judiciário, algo ainda mais devastador que os recorrentes “arranca-rabos” entre os lulistas e os bolsonaristas.
Se quem planta ventos acaba colhendo tempestades e se nem mesmo as eleições de 2026 não se prestarem para determinar um cessar fogo, por certo, os recorrentes tiroteios acusatórios só tenderão a crescer, a despeito do que sempre acontece nas lutas do tipo “dente por dente”, pois nelas, só restam como consequência, multidões de cegos e banguelas.
Se na nossa beligerante polarização política a terceira lei de Newton, também conhecida como a lei da ação e da reação, tem se feito presente, até mês de outubro de 2026, tudo poderá acontecer, até porque, estamos a tratar de dois polos, cujos integrantes, em particular, os mais extremados, alimentam-se dos seus próprios ódios e fanatismos.
Numa democracia em que suas eleições, ao invés de remédio se transformam em veneno, tudo poderão acontecer, até mesmo a sua própria morte, a exemplificar, os nossos sucessivos golpes de estado.
