Se os nossos três poderes continuarem em disputa quem acabará pagando a conta?
A política é a ciência tem como propósito evitar todas as querelas e tendo como objetivo impedir que as mesmas atinjam níveis absolutamente perigosos, mesmo que algumas delas tenham se originado no que denominamos rotular de briguinhas de comadres.
Em relação aos nossos três poderes, num dos primeiros artigos da nossa atual e vigente constituição, ou mais precisamente, no seu 2º artigo, assim está expresso: “São poderes da nossa União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
Nada mais consequente que em se tratando dos poderes legislativos e executivos, como estes nem sempre chegam a um mesmo denominador que em determinados casos o poder judiciário seja acionado para fazer suas justas e correspondentes arbitragens.
Como no presente os nossos conflitos abundam em particular os de natureza político-partidária, mais e mais o nosso STF-Supremo Tribunal Federal vem sendo acionado para arbitrá-los, e em assim procedendo, passa a ser acusado de ter agido em favor de uns e contrário a outros, ou seja, parcialmente.
Não raramente tenho escutado que o nosso poder judiciário vem agindo de forma ditatorial. Se sim, nada poderia ser mais prejudicial a nossa democracia, e se não, estamos a tratar de um gravíssimo crime, afinal de contas, em toda e qualquer disputa, quem faz a sua arbitragem não poderá se comportar com parcialidade.
Como estamos atravessando o período mais radicalizado da nossa história político-partidária, diria até, de natureza político-pessoal, porquanto não podemos ignorar os males que a polarização Lula/Bolsonaro já nos proporcionou. Pior ainda: porque estamos enfrentando os mais elevados níveis de pressões e temperaturas e isto a menos de ano da nossa próxima presidencial.
Nada mais ameaçador do que assistirmos bandos e mais bandos de bombeiros insistindo em apagar os nossos incêndios lançando combustíveis sobre as suas chamas. Deste radicalismo não colheremos bons frutos, isto porque, em todos luta do tipo dente por dente e olho por olho, de certo, muitos restarão cegos e banguelas.
A independência e a harmonia entre os nossos poderes precisam ser estabelecidas, do contrário, até mesmo as nossas eleições não se prestarão para o restabelecimento da nossa paz social.
Por último, chamo a atenção ao ensinamento deixado pelo imortal Bertolt Brecht: “maldito é o país que precisa de heróis”.
Eu particularmente assim entendo.








