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Quem sabe faz a hora e não espera acontecer

Em princípio. Nós, acreanos, visando às próximas eleições, disporemos de um bom cardápio de candidatos.


Ótimo não diria, até porque, de um sistema político-partidário demasiadamente disfuncional quanto é o nosso, seria praticamente impossível. Mas como nos montes de pedras também nascem flores, que extraiamos as suas flores. Isto sim é possível, desde que a nossa justiça eleitoral e os nossos eleitores partam seguinte princípio: “voto tem valor e não preço”.


Lamentavelmente, quando escuto alguém falar que um determinado candidato tem grandes chances de se eleger, isto pelo fato de dispor muito dinheiro e encontrar-se, pronto e preparado, para entrar no nosso mercado eleitoral, isto sim, não somente a mim, sobretudo a nossa democracia, nada poderia ser mais preocupante.


Como no nosso país nem todos são iguais perante a lei, ainda que a nossa própria legislação assim determine, em se tratado de candidaturas, nada tem sido mais desigual. Portanto, contra tamanha desigualdade, somente o voto cuidadoso da grande maioria dos nossos eleitores, poderá deter o nosso já avançadíssimo mercado eleitoral, e o pior, quando financiado com recursos públicos.


Se não bastassem os chamados fundos partidários e eleitorais, quase todo ele distribuído segundo os interesses dos nossos dirigentes partidários, em especial, dos candidatos que concorrem as suas reeleições, aos candidatos estreantes, pouco ou nada resta.


No orçamento federal, do ano curso, através das chamadas emendas parlamentares, cada um dos nossos senadores e deputados federais dispuseram de R$-50,00 bilhões para ofertar aos seus escolhidos cabos-eleitorais, em particular, aos nossos prefeitos, e no ano de 2026, em volume igual ou maior, voltará a irrigar o nosso mercado eleitoral.


A despeito da nossa justiça eleitoral já ter feito e o que pretende fazer para impedir o nosso mercantilismo eleitoral, ainda assim, o referido mercado tem resistido e muito provavelmente se fará presente nas eleições de 2026.


Como em todo mercado prevalece à lei da oferta e da procura, por certo, quanto mais próximo estivermos das eleições de 2026, mais procurados os nossos eleitores serão. Em sendo assim, eles poderão exercer um papel fundamentalmente importante, qual seja: não votar no candidato que tentar comprar o seu voto.


E o que fazer do prêmio que lhe for ofertado? Isto só se torna num crime se você o recompensar com seu voto. Por último recomendo: taque-lhes o que denominei de calote cívico, ou seja, receba o que lhes for ofertado e vote no candidato que sua consciência vier determinar.