Dois dos nossos deputados federais, Karla Zambelli e Eduardo Bolsonaro mantém-se ausentes do nosso país.
Ausentes, porém recebendo todas as vantagens que seus mandatos lhes propiciam. Isto pode? Certamente não, mas por enquanto continua podendo, afinal de contas, o próprio presidente da nossa Câmara dos Deputados, Hugo Mota está tendo que engolir, a seco, tamanho absurdo. Nada a se estranhar, até porque, o próprio já chegou a ser impedido de se sentar na própria cadeira, a de presidente da referida Casa parlamentar.
E por que isto está acontecendo? Logicamente porque, numa casa legislativa constituída por integrantes de 20 partidos políticos, e cada um deles advogando em defesa dos seus próprios interesses, os interesses públicos são jogados para um segundo plano.
Quem estabeleceu e abocanha os bilionários recursos dos nossos fundos partidários e eleitorais? Quem dispõe de R$-50,00 bilhões, anualmente, para distribuir aos seus futuros cabos-eleitorais, em destaque, aos nossos prefeitos, visando as suas próprias reeleições?
No nosso país, infelizmente, os nossos partidos políticos já se transformaram em guetos e a serviço dos seus mais diversos interesses, muitos deles proibidos nas democracias que minimamente se prezam. No nosso país, entre os nossos congressistas, facilmente vamos encontrar, e aos montes, àqueles que já sido filiado a diversos partidos. A exemplificar: Jair Bolsonaro e Ciro Gomes, dois dos nossos medalhões políticos, já foram filiados a uma dezena deles.
Voltando a dupla: Eduardo Bolsonaro/Karla Zambelli. A nossa democracia nada tem a ganhar e somente a perder, enquanto os mesmos dispuserem da condição de deputado federal e beneficiando-se dos seus inúmeros privilégios, e mais, vivendo além das nossas próprias fronteiras.
Não pela sua perfeição, até porque, nenhuma democracia é perfeita, mas a democracia dos EUA e a do Reino Unido bem que se prestariam como bons exemplos para que o nosso país estabeleça uma nova ordem político/partidário que venha favorecer a nossa democracia, já que o nosso atual sistema, feito a Casa de Mãe Joana, dada a desordem e a anarquia que tem promovido já nos lançou no fundo do poço.
Quando Fernando Collor de Melo se elegeu presidente da República filiado a um partido apelidado de PRN e o Jair Bolsonaro fez o mesmo filiado ao tal PSL e nada fora feito no sentido de se evitar que tamanhos absurdos voltem a acontecer, nada mais preocupante.
Se um sujeito do tipo Silas Malafaia continuar insistindo em misturar religião com política, se somos um país laico, será o que de pior poderá acontecer, afinal de contas, a referida mistura, caso venha prosperar, só trará irreparáveis prejuízos a nossa própria democracia.