O presidente Donald Trump não apenas prometeu,como insiste se comportar como dono do mundo.
A autodeterminação dos povos é um princípio de direito internacional que garante a todos os povos o direito de decidir livremente seus próprios destinos: seja político, econômico, social e cultural. Graças a este princípio, e em sua defesa, diversas organizações internacionais foram estabelecidas e com o propósito de buscar soluções para superar os conflitos que adviriam, entre eles, as guerras.
Ainda assim, e em desrespeito ao referido princípio, no dia em que foi empossado para exercer a presidência dos EUA, pela segunda vez, disse o presidente Donald Trump: “fui eleito não apenas para mandar nos EUA, e sim, em todo o mundo”.
O simples fato de presidir o mais importante país do mundo já seria o bastante para colocá-lo numa posição bastante destacada, diria até privilegiada, mas ao exibir sua soberba superioridade, falta de humildade e desrespeito aos demais países, os próprios EUA estão correndo sérios riscos de se isolar dos seus mais tradicionais aliados, entre eles e a exemplificar, os seus vizinhos: Canadá e o México.
A propósito, a aliança EUA/Brasil nunca esteve tão ameaçada. E por que? Porque na sua desmedida prepotência ele decidiu retaliar o nosso STF-Supremo Tribunal Federal e já utilizou a lei “Magnitsky”, para punir o Ministro Alexandre de Moraes e ameaçar os demais integrantes da nossa suprema corte de justiça que ousem se posicionar a favor das prováveis condenações do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Se o contrário viesse acontecer, ou seja, caso o presidente Lula viesse ignorar as determinações da instância máxima da justiça dos EUA e passasse a ameaçar seus integrantes, qual seria a reação do próprio Donald Trump? Não é demais supor que ele mandaria alguns submarinos atômicos a se posicionarem ao longo da nossa costa, a exemplo do que aconteceu, recentemente, com a Rússia.
O tarifaço que o presidente Donald Trump impôs a quase todos os países, segundo o próprio, não irá tornar os EUA grande novamente, até porque, entre países, não existe amizades, e sim, interesses. Foram-se os tempos em que os países regidos pelo regime comunista, em razão de suas estreitezas econômicas, de antemão, condenavam o regime capitalista.
Mas estes tempos se foram, e muito proveitosamente, quando da despedida de Mao Tsé Tung e a presença de Deng Xiaoping no comando político da China. Lembremos a sua famosíssima frase: não interessa a cor do gato, conquanto ele cace o rato.
O que seria do nosso Agronegócio, após o tarifaço do presidente Donald Trump, se a China não fosse o destino dos seus produtos?