Se o presidente Lula realmente vier ao Acre esse mês, será muito bem recebido pelo Gladson. Isso se o presidente da Apex, Jorge Viana, que é quem está organizando a visita, incluir no roteiro uma agenda institucional com o governo do Estado. O Acre representa 0,3% do eleitorado nacional. Então fica claro que a visita do presidente Lula ao estado está relacionada diretamente ao fortalecimento da candidatura do JV ao Senado. Definitivamente não será o Acre quem decidirá quem será o próximo presidente da República.
Influenciadores x imprensa
Está virando rotina: produções de artistas barram veículos de comunicação tradicional para dar preferência a influenciadores digitais. Nada contra, cada um no seu pedaço, mas todos estão ali trabalhando e merecem tratamento igualitário.
Economia
Sucesso de público, a ExpoAcre 2025, em Rio Branco, por outro lado, esvazia a cidade. O empresário do ramo alimentício ou de barzinho que não foi vender no parque, se lascou.
Alívio
A castanha-do-Brasil do Acre respirou aliviada! Mesmo com a política tarifária de Trump, o produto escapou de novas taxas, garantindo sua competitividade no mercado internacional e protegendo os produtores locais. Está isenta.
Exportação
É realmente motivo de alegria, pois o Acre é destaque na exportação de castanha-do-Brasil. Em 2024, o Estado faturou cerca de US$ 15 milhões com o envio do produto para o exterior, consolidando sua posição como um dos principais fornecedores do país.
Castanha
Cooperacre não conseguiu comemorar o fato de as castanhas terem ficado fora da lista de sobretaxa das importações norte-americanas. O problema é que na relação divulgada não estava discriminada se era castanha com casca ou sem casca. Pode parecer bobagem, mas, em economia, nenhum detalhe é bobo.
Espírito
Repare o leitor, no “espírito” que existe por trás dessa dúvida. A importação sem casca implica na compra de um produto já processado, já beneficiado, mesmo que de forma elementar. E o “espírito” que norteia é importar o produto “bruto” e beneficiar integralmente lá dentro, fomentando a indústria de lá.
Carta à Apex
A Cooperacre, junto com outras indústrias que trabalham com a castanha no país, enviaram uma carta para a Apex para tirar essa dúvida se a amêndoa está fora da sobretaxa também sem a casca. E caso negativo, que possa ser incluída a castanha sem casca na lista.
Café
É assim com o café, por exemplo. O café chega aos Estados Unidos em grão. Os norte-americanos não importam o café beneficiado em nenhum nível. É beneficiado, integralmente, lá. Já foi dito aqui e a coluna reforça: para cada US$ 1 de café importado pelos EUA, são gerados outros US$ 43 internamente na indústria de lá.
Surpresa
Por esta relação de 1/43 é que foi surpresa o café ainda se manter na lista de sobretaxa. E tem outro detalhe: não há, no mundo, muitas alternativas aos EUA a esse produto. Se eles não comprarem do Brasil, não há outro país que substitua em qualidade e em quantidade. 30% do café consumido lá é produzido aqui.
Tarifinho?
Não foi um super tarifaço, mas não também não foi uma tarifinha como quer a esquerda do Acre.
Quem mais?
Ao Senado: JV, Gladson, Mara, Bittar, Inácio, Petecão, Jéssica. E contando… Vai ser uma corrida maluca.
Poema a Tião Viagem Bocalom
“Se não for do povo o desejo, Tião Bocalom vem com gracejo: passeia de Norte a Sul usando da Viúva os recursos e fundos, mas ainda não confirma -e parte de qualquer jeito – porque a vocação não é de prefeito, mas sim de trotamundos”.
Sonho de menino
O governador Gladson Cameli já tem o seu roteiro perfeito para 2026. Eleger-se senador, colocar a sua vice Mailza Assis no Palácio Rio Branco e, posteriormente, em 2027, se tornar ministro. Pra viabilizar esse sonho, torce para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ser o próximo presidente da República.
Democrata
Gladson não gosta de radicalismos políticos e não esconde isso de ninguém. Ele está pensando como a maioria dos empresários brasileiros, que preferem o Tarcísio ao Bolsonaro. Afinal, Gladson é filho do Eládio, um dos maiores empresários do Norte do país.
Amigo é coisa pra se guardar
Gladson é muito amigo do Tarcísio. Eles têm muitas coisas em comum. Ambos os engenheiros com visões políticas liberais e tocadores de grandes obras. Uma possível eleição do Tarcísio ao Planalto é realmente uma estrada pavimentada pro Gladson se tornar ministro.
Turma do contra
A oposição pode gostar ou não do Gladson, mas ele já realizou sim algumas grandes obras no estado. Os exemplos mais marcantes são as pontes de Sena Madureira e de Xapuri, que os governos do PT não conseguiram. E também o Anel Viário de Brasiléia, entre outras.
É preciso combinar com os “russos”
Na Copa do Mundo de 1958 o técnico da Seleção brasileira, Feola, instruiu o Garrincha pra driblar toda a defesa da seleção da Rússia e centrar a bola para o Pelé. O humilde Garrincha então perguntou ao técnico: “o senhor já combinou isso com os russos?”. Esse é o caso do “roteiro perfeito” do Gladson: é preciso combinar tudo isso com os eleitores.
Muitas variáveis
Talvez se eleger ao Senado seja a parte mais fácil do “roteiro perfeito” do Gladson. As outras sequências dependem de uma série de fatores. Ninguém ganha eleição na véspera. Se um segundo numa disputa eleitoral contém a eternidade, imaginem então 14 meses.
Sorte?
Leitor, tem gente que nasce com o orifício virado pra verba. O namorado de uma mulher influente nesses corredores do poder conseguiu um contrato sem licitação que é uma verdadeira mamata. Não pode nem reclamar da vida com tanto dinheiro assim, só falta agradecer de joelhos. Jesus, que baba!
Pode ter mudança
Um decreto de exoneração publicado recentemente está sacudindo os bastidores da política no interior. O nome da exonerada? De uma parlamentar com mandato. Isso mesmo. E o burburinho é que ela teria permanecido na folha de pagamento do Estado durante, e até depois, do período eleitoral. Se for verdade, vai ter que explicar direitinho como conseguiu essa façanha. Mas antes que o tribunal do zap-zap forme sentença, quem precisa se mexer é o Ministério Público Estadual. É dele a bola da vez: abrir procedimento, investigar e pedir explicações. Porque aí sim a história pode ser passada a limpo.
Contorcionismo
Assessor competente é bicho danado. A coluna ouviu ontem na Expoacre um raciocínio tão mirabolante para justificar a postura de Gladson incentivando Bocalom a andar pelo interior, mostrando “como se administra uma cidade”, que até se preserva o direito de poupar o leitor. No final das contas, o assessor entende que Gladson é o cara, o Bocalom vai se lascar e os Bestenes vão triunfar, sozinhos, à frente da Prefeitura de Rio Branco. No contorcionismo do assessor, Mailza é um detalhe. Te cuida, Mailza.