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Obrigado pela surpresa

O governador Gladson Cameli, detentor de um confortável carisma e prestígio revelou a amizade que sempre nos uniu


Quando o saudoso Romildo Magalhães veio se tornar governador do nosso Estado, pessoalmente, partidariamente e também pelas suas excepcionais qualidades humanas, não porque eu pretendesse ser, o que se denomina, politicamente, de eminência parda, ainda assim os aduladores, amantes dos palácios, sendo mais preciso, os maldosamente aduladores maldosamente, me acusavam de influir nas ações do seu governo. E o pior: nas ações merecedoras de elogios, eu era sempre excluído, mas naquelas que se revelassem inadequadas, o responsável era sempre eu.


Como nenhum governante consegue se livrar dos aduladores, segundo Maquiavel, enquanto os aduladores costumam rondar os locais que melhor lhes convenham, em particular, os palácios, os seus críticos vão se distanciando, desta feita, contrariando Santo Agostinho, pois os ex-governantes só se decepcionam com os seus outrora bajuladores, particularmente, com àqueles que haviam se revelado os mais proeminentes puxa-sacos, quando descobrem a diferença que existem entre amor canino e o amor felino. A título de esclarecimento: os cães adoram seus donos, ainda que mudem de função e de endereço, enquanto os gatos adoram os endereços, preferencialmente, os confortáveis palácios.


Ao me despedir, com saudosas memórias do ex-governador Romildo Magalhães, em relação ao ex-governador, Orleir Cameli, com quem havia construído uma das minhas mais sólidas amizades, esta extensiva a toda a sua família, particularmente com o seu irmão Eládio, pai do nosso atual governador Gladson Cameli, quando ele veio se tornar governador do nosso Acre, na tentativa de evitar a condição de eminência parda sugeri que, os nossos futuros encontros devessem ocorrer ocasionalmente, pois buscaria evitar que os ditos cujos, os puxadores de sacos, não voltassem a me rotular de eminência parda.


Embora a minha amizade com a família Cameli tenha permanecido, sempre que ele se encontrava na nossa capital, com bastante freqüência, o governador Orleir Cameli comparecia a minha residência, mas para os cafajestes de sempre, em particular, os bajuladores, foi o bastante para fizessem a seguinte exploração: que eu, enquanto eminência parda, que eu sequer comparecia aos gabinetes e nem a residência do então governador Orleir Cameli para que os nossos encontros acontecessem.


Ao me agraciar, e de forma pública, com uma das mais honrosas distinções, ainda que a decisão do governador Gladson Cameli tenha sido antecipada, aproveitei a oportunidade para ele me concedesse, não uma audiência, e sim, um encontro, quando o mesmo se afastasse do governo para voltar ao senado, como forma de revelar a nossa permanente amizade.


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