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Libertinagem

Narciso Mendes - Opinião em 30 Linhas.

Se o preço da liberdade é a eterna vigilância, urge que as nossas plataformas digitais sejam regulamentas


Se o que é crime na vida real, também é no mundo virtual, regulamentar as chamadas plataformas digitais tornou-se um imperativo, até porque, como as ditas cujas tem donos, logicamente, aos mesmos interessam defender a liberdade sem limites, diria até a libertinagem das suas poderosíssimas plataformas.


Por que o bilionário Elon Musk, segundo a revista Forbes, o homem mais rico do mundo adquiriu o Twitter, uma das maiores plataformas digitais do mundo, e para tanto, investiu algumas dezenas de bilhões de dólares?  Resposta: para poder, em tempo real, como proprietário da plataforma “X”, o ex-Twitter, determinar aos seus assessores, espalhados em todos os cantos e recantos do mundo, como deverão agir e se comportarem no quesito liberdade de opinião.


Não apenas a dinheirama de Elon Musk, sim e também, a sua plataforma “X”, no curso da última campanha presidencial nos EUA, em muito contribuiu para a vitória do candidato eleito, Donald Trump e para que este colocasse a disposição do questionável amigo, Elon Musk, a função mais importante de sua gestão.


A propósito, em todo o mundo, independente do regime vigente em cada um dos países, seus próprios chefes de governo estão tendo que se renderem aos mais espúrios interesses dos donos das plataformas digitais. A liberdade de ofertar os seus espaços para veicular toda sorte de mentiras, muitas delas, altamente agressivas a honra e a imagem de pessoas inocentes, tem sido bastante frequente.


A liberdade de expressão, na forma requerida pelas nossas plataformas digitais, particularmente, num país como o nosso, em que as nossas leis abundam e muitas delas tangenciam o ridículo, a antinomia, ou seja, a prevalência entre duas leis que se confrontam exige dos nossos juízes, e em todos seus níveis hierárquicos, o máximo de responsabilidade e de espírito público.


Quem defende a pedofilia, por exemplo, não tem direito de se expressar livremente, menos ainda, utilizando as chamadas redes socais, afinal de contas, as leis existem para determinar e punir àqueles que ousarem praticar os mais odiosos crimes, e como a pedofilia é o tipo de crime cujas vítimas são menores de idade, de certo uma coisa, suas vítimas jamais conseguirão superar os seus próprios traumas.


Regulamentar o uso das redes sociais é sim, uma inadiável prioridade, e em escala mundial, do contrário, seus principais favorecidos serão aqueles que se beneficiam dos crimes que propagam, particularmente, as poderosas plataformas digitais.


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