Quem se casa com uma prostituta imagina que será tratado com fidelidade, mas, no nosso ambiente partidário, não
No nosso país, os nossos representantes políticos trocam de partidos políticos com tamanha freqüência que se devidamente identificados, a maioria dos nossos congressistas, os 513 deputados federais e 81 senadores, a maioria deles já foram filiados a diversos partidos políticos. E o pior: no mês de abril de 2026, quando a tal janela partidária for aberta, os atuais detentores de mandatos eletivos trocarão de partido dependendo, tão somente, de seus próprios interesses e conveniências.
Volto a relembrar: o ex-presidente Jair Bolsonaro e Ciro Gomes, dois expressivos personagens do nosso ambiente político já pertenceram a nove partidos distintos. Esta malandragem foi a que possibilitou Fernando Collor de Melo, filiado a um desses “partidecos” ao tal PRN, a se candidatar e vir a ser eleito presidente da nossa República nas eleições de 1989. Volto a repetir: liberdade partidária é uma coisa e libertinagem, outra.
Bem disse o ex-presidente dos EUA, Thomas Jeffeson, isto há mais de 200 anos: “o preço da liberdade é a eterna vigilância”. Daí a imperiosa necessidade de vigiamos os nossos detentores de mandatos eletivos, do contrário, iremos assistir o crescimento dos trânsfugas partidários, e isto em prejuízo da nossa própria democracia.
A denominada “janela partidária” não existe em nenhuma país sério, menos ainda, numa democracia que minimamente se preza, até porque, quem se filia a um partido político entrando pela porta da frente e foge pulando por alguma de suas uma janela, já diz para que veio.
Para que se ponha fim aos trânsfugas partidários, por se tratar de um flagrante malandragem, àqueles que são eleitos filiados a um determinado partido, dele se afastando, jamais poderia levar consigo o mandato, este obtido graças à legenda do partido que possibilitara sua candidatura.
Enquanto a nossa atual legislação político, partidária e eleitoral se mantiver, dos nossos partidos políticos, boas coisas não devemos esperar. Daí a imperiosa e urgente necessidade de mandarmos para a lixeira da nossa história a nossa atual legislação.
Os partidos políticos são criados com o propósito de se prestarem como escola para o aprendizado da própria atividade política, jamais para proteger os interesses daqueles que, em dispondo de um mandato, faz dele o que melhor lhes convier.
Por que no nosso próprio Congresso Nacional vamos encontrar entre os nossos 513 deputados federais e 81 senadores representando mais de 20 partidos políticos? Sim e tão somente, por que dessa farofada, as negociatas fluem com bastantes facilidades.
Em continuando como vêm vindo, politicamente, tudo só irá piorar.