Não sou entusiasta da polarização política direita/esquerda. Como ela existe, a engulo.
Lembro-me dos tempos e não se vão tão longe que, tanto aqui no Brasil quanto mundo afora, para não serem rotulados de direita, os nossos políticos fugiam deste rótulo como o diabo foge da cruz.
Entretanto, com o passar dos tempos, vem se tornando até charmoso, à alguns políticos que se declararam de direita, e ao mesmo tempo, os tidos como de esquerda, vem perdendo o charme que os caracterizavam. Repito: não sou adepto de tais rotulações e não creio que as bruxas existam, mas que elas existem, existem! Vejamos esta expressão na língua castelhana, e de onde ela veio: “No creo em brujas, pero que las hay”, las hay”
Se bastasse apenas ser de direita ou de esquerda para politicamente caracterizar os indivíduos, não existiriam as seguintes denominações: centro-direito, centro-esquerda, extrema-direita e extrema-esquerda? Chega de tais denominações, sobretudo àquelas inventadas com o propósito iludir e de destorcer as opiniões alheias.
A política foi imaginada com as melhores das intenções, entre elas a se destacar, a convivência mansa e pacífica entre os contrários. Relembremos que, seqüenciando a 2ª guerra mundial, por pouco não ocorreu a 3ª guerra mundial entre a URSS e os EUA.
Presentemente, e em razão do gigantesco crescimento econômico da China, tudo que os EUA pretendem é vê-la enfraquecida, e se para tanto, uma 2ª guerra fria se fizer necessário, o presidente Donald Trump já demonstrou que está disposto a promovê-la.
Empunhando a bandeira da direita e do capitalismo e contra a esquerda e o comunismo chinês, Donald Trump vem buscando se aproximar de Wladimir Putin, o ditador da Rússia, e também do ditador da Venezuela, Nicolas Maduro. Nada mais contraditório!
Acontece que, na atual China o capitalismo fincou suas raízes e vê-se estabelecido. Portanto, se uma guerra fria ou verdadeira vier ser estabelecida entre os EUA e a China, a mesma se daria entre às duas maiores economias capitalistas do mundo, e não entre a esquerda e a direita. Até a Albânia, um dos berços do comunismo, trocou a sua denominação para “República Socialista Popular da Albânia”, em 28/11/1998, como forma de fugir da sua extremada pobreza.
Cá entre nós, em se tratando do regime comunismo, todas as tentativas de se estabelecer no nosso país foram frustradas. Nada mais esclarecedor: o antigo PCB-Partido Comunista Brasileiro não mais existe e o PC do B, Partido Comunista do Brasil, entre os nossos 594 congressistas só conta com meia dúzia deles.
