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Desde 1930, portanto há quase um século, o Estado de São Paulo não elegeu um único dos nossos presidentes


Com seu umbigo cortado no território do Estado de São Paulo, nenhum dos seus representantes políticos, nem mesmo seus ex-governadores conseguiram chegar à presidência da nossa República. Dois deles, Jânio Quadros e FHC, não eram paulistas da gema, posto que, o primeiro viera do Estado do Mato Grosso e o segundo, do no Estado do Rio de Janeiro.


Entretanto, em se tratando do maior colégio eleitoral do nosso país e, sobretudo, economicamente, em todas as nossas disputas presidenciais, desde o fim da não saudosa política do “café com leite”, isto no longínquo ano de 1930, em quase todas as eleições, o Estado de São Paulo sempre apresentou seus próprios candidatos para presidir a nossa República. A exemplificar: Ademar de Barros, Paulo Maluf, Orestes Quércia, Ulisses Guimarães, Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.

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Getúlio Vargas, entre 1930/1945, e todos os presidentes do regime revolucionário de 1964, entre os anos 1964/1985, exceto o presidente Castelo Branco, cearense, os demais vieram do Estado do Rio Grande do Sul. Sucedendo a trágica morte do mineiro Tancredo Neves, vindo lá do Maranhão, José Sarney, se fez presidente por longos cinco anos. E quem veio sucedê-lo? Fernando Collor, do Estado das Alagoas.


Graças ao sucesso do plano real, uma cria do governo Itamar Franco, mineiro da gema, o seu ministro da Economia FHC, carioca de nascimento, como integrante da fina flor dos políticos paulistas, conseguiu se eleger e se reeleger presidente, isto graças ao plano real.


Após os oito anos da governança FHC, o nordestino Luis Inácio Lula da Silva chega à nossa presidência e nele permanece por oitos anos, como se bastasse, ainda consegue eleger a candidata Dilma Rousseff, uma mineira, por ele indicado e ela conseguiu ser eleita e reeleita.


Em razão do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, isto já no seu 2º mandato, seu vice, Michel Temer, assume a presidência da República, não pelo poder político que detinha em seu próprio Estado,  até porque, na última eleição que havia disputado, uma cadeira de deputado federal, entre os seus 70 eleitos, havia ficado na rabeira.


A despeito do descrito acima, o pior estava por acontecer, e de fato aconteceu: reporto-me a eleição do deputado federal Jair Bolsonaro, vindo lá dos fundões do baixo clero da nossa Câmara de Deputados e consegue se eleger presidente da nossa República.


Dado o retorno do presidente Lula para exercer um 3º mandato, derrotando o próprio Jair Bolsonaro, o nosso país vê-se atolado, cada vez mais, até o gogó, na mais nefasta polarização de nossa história.