Durante a abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta terça-feira, 4, o deputado Adailton Cruz (PSB) falou ao programa Boa Conversa, direto da Casa do Povo. No bate-papo parlamentar destacou suas principais preocupações com a saúde pública no estado e falou sobre as andanças durante o recesso parlamentar.
“Visitamos o interior e seguimos visitando. Nossa maior preocupação, além da geração de emprego e renda, é ter uma saúde que traga segurança para a nossa população”, afirmou.
Adailton chamou atenção para a situação do Hospital de Feijó, onde a obra do novo prédio está paralisada, e o atendimento está sendo feito em espaços improvisados. “O cenário hoje lá é preocupante. O atual hospital está inviabilizado, a obra do novo hospital está parada. Já fiz a solicitação na Comissão de Saúde para saber os motivos dessa paralisação. Não tinha um operário na obra, e o mais preocupante é que o atendimento está sendo feito em setores improvisados, onde quando chove molha e quando faz sol, os profissionais sofrem com o calor”, denunciou.
O deputado também alertou para os riscos enfrentados pela população diante da falta de estrutura adequada para atendimentos de emergência. “Não há um local para realizar uma cirurgia. Se houver um trauma grave, o paciente precisa ser transportado para Cruzeiro do Sul, o que leva no mínimo 3h30. Com uma hemorragia interna, uma pessoa pode morrer em 15 minutos”, alertou.
Apesar das dificuldades, ele reconheceu os esforços do secretário estadual de Saúde para melhorar a situação e destacou a estrutura do hospital de campanha montado na cidade. No entanto, ressaltou que ainda há desafios a serem superados. “O novo hospital de campanha tem uma estrutura boa, mas falta um reator para suprir a energia. O que não pode é os 40 mil feijoenses ficarem nessa situação”, cobrou.
Outro ponto abordado por Adailton Cruz foi a reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da saúde, que, segundo ele, está há 24 anos sem atualização. “A nossa maior missão é reformular o PCCR da saúde, que está parado há mais de duas décadas. Tenho que reconhecer o esforço do secretário Pedro e da Casa Civil, que já editaram o plano com os novos valores. O documento já está na Casa Civil, e acredito que até março estará na Assembleia”, explicou.
O parlamentar informou que a reformulação do plano terá um impacto anual de mais de R$ 80 milhões e que o governo busca reduzir o índice da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Acredito que em abril, com a nova avaliação, vamos ter a brecha para realizar essa reformulação. Nunca estivemos tão próximos de reformular o PCCR”, concluiu.