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O Brasil é…

Em véspera de eleição dos presidentes das casas legislativas (Câmara e Senado), Lula da Silva reuniu sua tropa e determinou que agora a luta é contra o bolsonarismo (AQUI), que ele julga ser a maior das ameaças ao seu projeto de destruição socialista do Brasil. Com um novo ministro da propaganda, digo, comunicação, o tal marqueteiro Sidônio Palmeira, que entrou no lugar da “montanha” (apelido na lista de corruptos da ODEBRECHT) de nulidades que antes dava expediente por lá, a missão doravante, dado que na semana passada o próprio Lula deu como iniciada a campanha eleitoral, é criar a “narrativa correta” para convencer o eleitorado de que as coisas estão indo muito bem, logo, o lulopetismo deve continuar dando as cartas. 


Em praticamente todos os temas o governo é um desastre e o povo já notou. Veja-se a última pesquisa publicada pelo Instituto PoderData (AQUI), a desaprovação do Lula é de 51%, ou seja, mais da metade dos brasileiros reconhece a canoa furada em que estamos navegando. Há um ano este número era de aprovação. Tais resultados deixaram os governistas arrepiados, afinal, temos um ano apenas para que a situação seja revertida. O problema é que a realidade, como reconheceu o Lula da Silva “não estamos entregando o que prometemos”, não ajuda, senão, vejamos.


A taxa básica de juros – SELIC, controlada pelo Banco Central que tem como função controlar a inflação à medida que influencia diretamente os juros cobrados em empréstimos e financiamentos, os resultados das aplicações financeiras e o câmbio, foi fixada recentemente em 13,25% com viés de alta de mais um ponto em fevereiro. Resultado obvio, esfriamento da economia, baixo crescimento.


Mesmo com a política monetária restritiva do Banco Central, a inflação resiste e certamente ultrapassará a margem superior da meta fixada pelo Haddad de 4,5%. O patamar de 5% já está praticamente precificado pelos agentes econômicos, o que corrói o salário do trabalhador e aposentados que a cada dia adquirem menos com o mesmo salário de fome.


Apesar de bater recordes de arrecadação, o governo já contratou déficit nas contas públicas. Ninguém segura em Lula o ímpeto de gastar e gastar mal, ou seja, a sua política fiscal expansionista decreta rombos atrás de rombos como se não houvesse amanhã.


Os preços dos combustíveis estão em viés de alta, penalizando os preços finais das mercadorias e uma área extremamente importante no Brasil que é a de transporte de cargas, majoritariamente terrestre. Além disso, impacta os serviços de transportes coletivos, o custo da agricultura etc.


O preço da carne bovina que Lula prometeu colocar na mesa do trabalhador acompanhada de uma cervejinha e uma farofinha, somente em 2024 subiu cerca de 20%, carregando na garupa os substitutos frangos, ovos e suínos. Na época não percebemos, mas parece que Lula estava se referindo ao assaltante que a cada dia é mais violento e ousado no Brasil. Para este não falta a picanha com cervejinha.


Podemos falar do café? Sim, podemos. O pretinho (ainda se pode dizer que café é preto?) de todo dia, que o Acre em bom momento começa a produzir em escala, está pelos olhos da cara encarecendo o amanhecer do trabalhador. Para muitos, o jeito está sendo desdobrar o precioso e ver aquela água morena descer preguiçosamente da cafeteira.


De outra parte, tratando-se de política externa, Lula danou-se ao meter-se onde não lhe cabia por a colher. Junto com seu partido e sua canja, digo, Janja, antes das eleições americanas deu-se a insultar Donald Trump e Elon Musk, sendo este último peça destacada do governo dos EUA. Até aqui, passados 13 dias da posse do Trump, mesmo arregando com frases do tipo “não queremos briga com os americanos”, o resultado é que estamos na mira do Laranjão que já nos ameaça com taxações. Lula disse que neste caso devolveria a taxação na mesma moeda. Será? Se não fosse tão imbecil, saberia que basta os 25% que Trump mandou contra o México, para a PETROBRAS quebrar.


Na questão dos brasileiros ilegais deportados dos EUA, Lula ensaiou um mimimi logo desfeito por conta de sabermos que nas mesmas condições Biden havia deportados milhares de brasileiros sem que o governo desse um pio. O assunto morreu, mas demonstrou a falsidade e oportunismo com que Lula trata o tema. Do Trump recebeu o recado: “Todos receberão seus nacionais ilegais sorrindo sem reclamar”.


Outro grande desastre deve-se a trama com a Venezuela. Não foi, mas mandou a embaixadora na posse ilegítima do ditador vizinho, dando assim o seu aval à fraude eleitoral. Não é demais lembrar que o TSE da Venezuela sancionou o resultado corrompido que, aliás, só foi descoberto por causa de uma certa auditagem pública que em alguns lugares não existe.


Bem, este rol de incompetência é extenso, ainda tem Zelensky, meio ambiente, aluguel das terras indígenas à AMBIPAR, OMS, roubalheira, rombo nas estatais, perseguição aos opositores, pedaladas fiscais, censura, wokeismo…  então voltemos à “narrativa correta” encomendada pelo Lula ao Sidônio, ou seja, uma capaz de vender o fracasso como sucesso e enganar o eleitor mais uma vez, afinal, 2026 é bem ali.


Até aqui, o melhor que o Sidônio produziu foi o roubo de uma ideia trumpista, ou seja, a utilização de um boné com a frase “O Brasil é dos brasileiros”. Envergonhados, escolheram a cor AZUL. Padilha, Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Juscelino Filho (Comunicações), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Camilo Santana (Educação), André Fufuca (Esportes), Luiz Marinho (Trabalho), Celso Sabino (Turismo) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), além do senador Jacques Wagner, usaram o boné.


É certo que tudo em que o governo lulopetista põe a mão está sujeito à desconfiança, mas neste caso o troço foi explícito. De uma hora para outra membros categorizados do PT e puxadinhos apareceram usando o tal boné, macaqueando o MAGA – Make American Great Again. Sequer notaram que além de conter um traço xenófobo, a frase dá margem à criação de tantos memes que a campanha do Sidônio em um dia foi avacalhada junto com os que ousaram usar o boné ridículo. 


Em Gênese, a Bíblia fala de Sidom, uma cidade de comércio e navegações, fundada por Sidon, filho de Canaã e neto de Noé. Talvez o Sidônio do Lula devesse fazer como os sidonios bíblicos e se dedicar ao comércio, essa mensagem nacionalista que ele tenta afanar do Bolsonaro não colou. Sei, ele foi o “bem-sucedido” marqueteiro do Lula, mas quem disse que Lula foi colocado na presidência pelo marketing?


Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no DIÁRIO DO ACRE, no ACRENEWS, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites. 


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