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Morte de mulheres em decorrência de câncer do colo do útero no Acre é maior que a média nacional, diz ginecologista

Foto: Whidy Melo
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O médico e apresentador Fabrício Lemos entrevistou no programa Médico 24 Horas exibido nesta segunda-feira (11) a ginecologista e obstetra Dra. Stephanie Stanger, que falou, dentre outros assuntos, sobre a necessidade da prevenção ao câncer do colo do útero (CCU), também chamado de câncer cervical, que é causado pela infecção genital persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV.


De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais comum em mulheres e a quarta causa de morte por câncer entre elas no Brasil. Quando descoberto na fase inicial, o câncer do colo do útero tem 100% de chances de cura. “O câncer do colo de útero mata no Brasil em torno de 4 mulheres para cada 100 mil habitantes. No Acre, esse dado é de 6 a 7 mulheres para cada 100 mil habitantes. Ou seja, a incidência é altíssima, tanto que na região norte representa 15% das causas de morte por causa de câncer”, disse Stanger.


O principal fator de risco para a doença é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), que é transmitido sexualmente. Em seguida, a atividade sexual antes dos 18 anos de idade dobra o risco de desenvolver o câncer em comparação com quem inicia a vida sexual depois dos 21 anos. O risco também aumenta quase duas vezes para mulheres que tiveram dois parceiros ao longo da vida, e três vezes para quem teve seis ou mais.

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Foto: Whidy Melo

Para o diagnóstico precoce do CCU, segundo a ginecologista, o ideal é que a mulher faça exames para detectar o vírus do HPV três anos após o início da atividade sexual. “O Ministério da Saúde preconiza o início do rastreio aos 25 anos, mas a gente tem que pensar que tem meninas que iniciam a vida sexual aos 15 anos ou menos, então aos 25 ela já pode ter um quadro de evolução”, afirmou.


O Papanicolau, exame realizado para detectar alterações nas células do colo do útero, que é oferecido de graça no Sistema Único de Saúde nos postos de saúde, é capaz de detectar as alterações celulares feitas pelo vírus do HPV, que deflagram o início do câncer. No entanto, já há em clínicas particulares no Brasil a genotipagem molecular, que é capaz de antecipar a tendência do câncer em até 10 anos. “Houve uma reunião em março com o Ministério da Saúde para implementar este exame. Vai ser mais efetivo porque eu consigo pegar antes dele [HPV] me causar uma alteração celular”, disse Stephanie.


Assista à entrevista completa:


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