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Setores da construção e serviços dominam expansão de emprego no Acre

O emprego celetista no Acre apresentou expansão em abril, registrando saldo de 1.267 postos de trabalho, de acordo com o Novo Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. O total de vínculos celetistas ativos (estoque) alcançou quase 107 mil. No acumulado do ano, o saldo ultrapassou 3.200 empregos (209% acima do mesmo período de 2023) e, em 12 meses, chegou perto de 6.600 empregos (20% acima do mesmo período de 2023). Conforme dados contidos no gráfico abaixo, é o melhor mês de abril dos últimos 5 anos (2020 a 2024), superando o ano de 2022, cujo saldo foi de 798 empregos.



O estoque de empregos formais no estado, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 107.057 em abril deste ano, o que representa alta de 6,54% em relação a abril de 2023. No gráfico a seguir percebe-se uma linha de tendência crescente, considerando os últimos 5 anos.



Setores da Construção e dos Serviços dominaram a expansão em abril


Analisando-se os saldos dos setores da economia nos últimos 5 meses de abril (2020 a 2024), contidos na tabela a seguir, percebe-se uma ampla recuperação de todos os setores em 2024. A única exceção foi o da Agropecuária que apresentou um saldo negativo de -12, depois de apresentar saldos positivos nos últimos três anos. O saldo a destacar é o da Construção que em abril de 2023 tinha amargado um saldo negativo de 316 vagas, em abril de 2024 apresentou um saldo positivo de 397 vagas. O setor que apresentou o maior saldo positivo foi o dos serviços com 582 empregos, o maior dos últimos 5 anos para o mês de abril. É importante observar que o saldo de 357 vieram dos Serviços Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.


Rio Branco e Sena Madureira dominam a geração de empregos com carteira assinada no ano



Na tabela a seguir contém os dados do Caged para os municípios do Acre. Dados referentes ao mês de abril de 2024, no acumulado nos últimos 12 meses (maio de 2023 a abril de 2024) e o acumulado no ano de 2024 (jan a abril).


Em abril de 2024, vinte municípios apresentaram saldos positivos, destaque para Rio Branco (523), Sena Madureira (214) e Cruzeiro do Sul (158). O destaque de Rio Branco foi o saldo de 291 empregos na construção. Em Sena Madureira, o destaque foi os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas com 108 empregos. Em Cruzeiro do Sul o setor que gerou mais empregos foi o do Comércio com 89 vagas. Somente dois municípios apresentaram saldos negativos: Jordão (-11) e Santa Rosa (-2). O Acre fechou o mês com um saldo de 1.267 empregos e um estoque de 107.057 empregos celetistas. 


No acumulado dos últimos 12 meses (maio/23 a abril/24), dezesseis municípios apresentaram saldos positivos, destaque para Rio Branco (4.448), Cruzeiro do Sul (717) e Sena Madureira (329). Seis municípios apresentaram saldos negativos, destaque para:  Jordão (-124), Rodrigues Alves (-44) e Manuel Urbano (-42). O Acre fechou o período dos últimos 12 meses com um saldo de 6.578 empregos e um estoque de 107.057 empregos celetistas.


No acumulado do ano (janeiro a abril de 2024), dezessete municípios apresentaram saldos positivos, destaque para Rio Branco (1.817), Sena Madureira (732) e Senador Guiomard (173). Cinco municípios apresentaram saldos negativos: Jordão (-158), Tarauacá (-31), Manuel Urbano (-8), Capixaba (-8) e Santa Rosa (-5). O Acre fechou o período de janeiro a abril de 2024 com um saldo de 3.221 empregos e um estoque de 107.057 empregos celetistas.



A economia brasileira, como um todo, criou 240.033 postos de trabalho com carteira assinada em abril de 2024. Entre os estados, São Paulo foi o que teve maior geração de emprego, com 76.229 postos. Na sequência, Minas Gerais registrou saldo líquido de 25.868 postos, seguido pelo Paraná com saldo positivo de 18.032 vagas. Dois estados do Nordeste amargaram mais demissões que contratações. Os resultados negativos foram registrados em Pernambuco (-1.103) e Alagoas (-1.607).


Volto a lembrar que as metodologias utilizadas pelos dados do CAGED e do IBGE são diferentes. No Caged são informações declaradas por empregadores por meio dos sistemas do governo federal. Portanto, os seus dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada. Os dados do IBGE são publicados através da Pnad Contínua, cuja pesquisa é realizada por amostra em milhares de casas em cerca de 3.500 municípios brasileiros. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados, independentemente de ser emprego com carteira assinada ou não, pois abordam também trabalhadores informais, temporário, por conta própria e pessoas que estão em busca de emprego. 


O crescimento consistente no emprego formal desde fevereiro, indicam sinais positivos na economia. Particularmente, os dados do setor da construção civil, animam o mercado. Mais investimentos públicos pode melhorar mais ainda.


Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas