Dezenas de mães de crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) fizeram uma manifestação bloqueando a rua Sergipe, no centro de Rio Branco, nesta terça-feira (2), chamando a atenção do Governo do Estado e de gestores municipais para a criação de soluções para suas demandas.
Segundo as manifestantes, as causas das famílias que possuem algum integrante com o Transtorno do Espectro Autista têm sido esquecidas pelos gestores, que só atendem pedidos quando forçados pelo Ministério Público do Acre, inclusive na disponibilidade de medicamentos e tratamentos.
Alecsandra Figueiredo Costa, moradora da zona rural de Sena Madureira e mãe de dois filhos com o TEA, reclama que há dificuldade para obtenção de consultas com especialistas, exames e medicamentos: “Eles dizem que nunca há vagas. Ter um medicamento controlado é extremamente complicado, dizem que não tem disponibilidade na rede pública”.
“A gente não quer só sala em shopping. Queremos atendimento para os nossos filhos. Nós, mães, não temos mais condições psicológicas de ficar correndo atrás de Ministério Público toda vez que precisamos de um remédio, de uma terapia. Nossas crianças vão crescer. Um dia vamos morrer. Quem vai ficar por eles? Porque as gestões só atendem quando o Ministério Público cutuca”, disse Isabel Alves.
Estavam representadas no movimento mães de Rio Branco, Sena Madureira, Senador Guiomard, Capixaba e Xapuri.
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