O Rio Juruá diminuiu o ritmo de subida em Cruzeiro do Sul e segue sem desabrigar famílias. Às 9 horas desta quinta-feira,29, o manancial estava com 13,26 metros e ao meio-dia, 13,28 metros, sendo que a cota de transbordamento é de 13 metros.
Em seis bairros, como na Lagoa, Miritizal e Várzea, o Juruá alcançou quintais, mas não invadiu nenhuma casa e as residências seguem com energia elétrica.
Na Sala de Situação da prefeitura de Cruzeiro do Sul, para o acompanhamento da cheia ,equipes da Defesa Civil Municipal e Corpo de Bombeiros seguem em ações de monitoramento das águas do Juruá e afluentes, da meteorologia, e das necessidades de auxílio à possíveis famílias atingidas pela enchente. A Sala funciona na sede da Defesa Civil Municipal.
O coordenador da Defesa Civil do município de Cruzeiro do Sul, José Lima, diz que é a Sala de Situação é o epicentro das operações diárias, onde se reúnem o prefeito, o secretário e diversos órgãos onde são compartilhadas informações cruciais, como áreas inundadas, famílias atingidas as demandas ao longo do dia.
No local, por meio de equipamentos, são acompanhados o acumulado de chuva na região, a elevação dos rios, a vazão de água e a formação de nuvens de chuva, entre outros dados meteorológicos, com informações conectadas com satélites e outras ferramentas de monitoramento. Os instrumentos permitem que a equipe esteja preparada para enfrentar qualquer eventualidade, ajustando as ações com base nas informações em tempo real.
“A gente fica monitorando o acumulado de chuva para a região, a subida do rio, a vazão de água, quantos metros cúbicos estão passando ali debaixo da ponte por segundo. A gente fica observando onde estão se formando nuvens de chuva naquele momento e velocidade do vento, ou seja, tudo que precisamos a gente está ali monitorando naqueles painéis. São equipamentos de prevenção. A gente sabe quantos milímetros choveu no decorrer do dia ou que vai chover, a gente tem um acumulado de absorção. Então a gente se programa em cima do que a gente colhe de informações pelos instrumentos que tem ali. A gente está ligada com radares da Amazônia e a Hidroweb* também”, pontua.
Sobre a capacidade de resposta do município, Lima assegura que a prefeitura está preparada para atender todas as necessidades da população. “Tudo o que temos na prefeitura e junto aos parceiros, como Exército, Marinha e governo do Estado, está à disposição para atender às necessidades. A determinação do Prefeito Zequinha Lima é para que possamos dar o melhor atendimento possível àquela população que por acaso venha precise ser removida”, detalha
Entre os equipamentos disponíveis da prefeitura, governo do Estado e Exército e Marinha, há mais de 10 caminhões, 15 caminhonetes, várias lanchas e barcos para fazer resgate de pessoas caminhões baú, além de outros recursos essenciais para as operações de resgate e remoção.
Com o rio chegando a 13 metros e 30, Lima explica que ainda não é possível saber se será necessária a retirada de famílias antes da chegada do rio aos 13,50 metros como ocorreu em anos anteriores. Muitas casas foram elevadas e outras construídas..
“Nós temos feito remoção nos anos anteriores quando chega em 13,50 metros mas foram construídas casas nas áreas baixas da cidade. Tipo ali na cabeceira da ponte, no bairro do Miritizal. Mas estamos prontos para agir a qualquer hora ”, relata Lima destacando que, quando o nível do Rio Juruá chegar a 13,50 metros, o fornecimento de energia elétrica, deverá ser interrompido.