Para a desinformação, não existem barreiras...
Renata Rossato Quiles
Você disse que “desconstruir o discurso anti-vacina exige um esforço muito grande”. Que estratégias vocês têm usado, tendo como referência a nossa geografia do Acre, as dificuldades de integração e comunicação…?
Quando chegam pra mim e dizem “Ah… Renata, eu não vou vacinar minha filha contra a covid-19…!” Eu respondo: “Eu vacinei a minha filha. Quantas doses foram necessárias e, se forem necessárias mais doses, eu vou vacinar”
Jamais. No programa de Imunização, existe uma divisão de atribuições. Claro que as secretarias municipais de Saúde têm atribuições diferentes das do Estado, a frente do programa de Imunização, mas, principalmente no contexto da pandemia e até mesmo antes da pandemia, o trabalho em conjunto tem acontecido. Aqui no Acre, desde 2019, o Estado tem se envolvido ativamente nas ações de vacinação. Porque nós temos uma equipe qualificada, capacitada e que tem como dever manter os profissionais dos municípios qualificados, capacitados e atualizados nas ações de vacinação. A gente tem que fazer junto. Não é determinar. Não é delegar. São instâncias diferentes. Quanto mais gente vacinando, mais gente vacinada nós vamos ter. E eu não estou aqui para olhar quem é do Estado ou quem é do município. Foi em 2019, que, junto com o Ministério Público, a gente começou a implantar a Declaração de Vacinação em Dia [declaração como parte do documento necessário para a matrícula escolar] e para isso fizemos um grande movimento de revisão das cadernetas de vacina. Nós também passamos a participar da Missão Gota [parceria com o Ministério da Defesa, Estado e municípios]. No microplenejamento, elaborado por uma portaria do Ministério da Saúde que prevê que é o município quem determina como as coisas vão acontecer.
(15 de dezembro de 2020) “… Se alguém acha que a minha vida está em risco, o problema é meu. Não vou tomar vacina e ponto final!”
(17 de dezembro de 2020) “Alguns falam que eu estou dando um péssimo exemplo. Ou é imbecil ou é idiota que está dizendo que eu dou péssimo exemplo. Eu já tive o vírus. eu já tenho anti-corpos. Pra que tomar vacina de novo? Se virar jacaré, é problema seu” E na Pfizer tem lá: nós [Pfizer] não nos responsabilizamos. Se eu virar um jacaré, se você virar um super homem, se nascer barba em alguma mulher, ou algum homem começar a falar fino… e o que é pior: mexer no sistema imunológico das pessoas”.
(19 de dezembro de 2020) “A pressa pela vacina não se justifica porque você mexe com a vida das pessoas. Você vai inocular algo em você”
(22 de janeiro de 2021) “Eu não posso obrigar ninguém a tomar vacina, como um governador falou um tempo atrás que iria obrigar. Eu não sou inconsequente a esse ponto. Ela tem que ser voluntária. Afinal, não está nada comprovado cientificamente com essa vacina aí.”
(21 de outubro de 2021) “Só vou dar a notícia. Não vou comentar. Já falei sobre isso no passado, apanhei muito. Vamos lá: ‘Relatórios oficiais do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados estão desenvolvendo síndrome da imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto…”
Jornalista, apresentador do programa de rádio na web Jirau, do programa Gazeta em Manchete, na TV Gazeta, e redator do site ac24horas.
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